A Bondade de Deus (continuação)

Providência de Deus transformou a injustiça mais horrível de todos os tempos na maior bênção de todo o tempo. Divina Providência está ainda tornando o mal em bem se a vítima da injustiça aceitar a sua parte, assim como Cristo aceitou a sua. Quando a gente se curva ao inevitável e aceita a injustiça, não se está ignorando-a, excusando-a, explicando-a.
Está apenas aceitando a indireta ou permitida vontade de Deus. Deus não quer o mal nem tolera a injustiça. Ele apenas a permite mesmo enquanto opera a maravilha pela qual a transforma em bem.
Por isso, se nos encontrarmos numa situação aparentemente desesperadora, com todas as saídas bloqueadas, não nos devemos rebelar. Pelo contrário, devemos compreender que Deus tem as
Suas razões, em sua infinita bondade e sabedoria, para permitir isso. E assim, aceitamos, dizendo “Seja feita a vossa vontade”. Imediatamente cai o peso dos nossos ombros e a certeza de que tudo estará bem, traz paz à nossa alma.
Reveja sua vida. Honestamente, agora, não percebe como a amorosa mão de Deus trouxe um final feliz a tantos acontecimentos que pareciam tragédias implacáveis na época? “Por que temeis, ó vós de pouca fé?”
O SOFRIMENTO
Certo humorista disse uma vez: “O fato de termos o direito à busca da felicidade não é sinal de que jamais a alcancemos”.
Às vezes até parece que Deus não quer que sejamos felizes aqui na terra, que ele exige angústia e sofrimento nesta vida como preço da felicidade na futura.
Os puritanos criam nisso, mas você não creia jamais! Deus quer que sejamos felizes aqui mesmo na terra e até aponta o caminho. Às vezes, contudo, recusamo-nos a olhar para onde Ele está apontando.
A dificuldade é que a maioria de nós pensa que a felicidade consiste na satisfação de nossas vontades e desejos, ou, no mínimo, na liberação da dor e do sofrimento. Na verdade, ela consiste na serenidade que vem de conformarmos a nossa própria vontade com a vontade de Deus. Alcançamos a felicidade quando nos dispomos a aceitar o que Deus deseja para nós. É óbvio que tal caminho nos alcançaria a felicidade na outra vida, mas é difícil perceber como nos faria felizes nesta. É porque estamos convencidos de que a felicidade está em conseguir o que queremos – satisfazer nossos apetites e desejos – tudo o que é o oposto da verdade.
De fato, mesmo que pudéssemos satisfazer cada desejo, não seríamos felizes. A auto-gratificação, longe de nos tornar felizes torna-nos desditosos como já aprendemos há muito na história do Rei Midas e o toque de ouro. Se você tem cometido o erro universal de tentar satisfazer o impulso de sua própria vontade, pare! Pare de alimentá-lo e comece a controlá-lo. “Mais fácil dizer do que fazer!” Não, não é difícil quando se sabe como. Deus nos dotou de meios perfeitos para eliminar a vontade própria e livrar-nos da escravidão de nossos desejos insaciáveis. É o sofrimento – a ferramenta perfeita para reduzir-nos à proporção apropriada. Em vez de ir aos limites máximos para evitar a dor, é preferível usá-la. A dor é a única ferramenta bastante afiada para cortar os excessos de nossa vontade descontrolada e moldá- la num fac-símile razoável da vontade de Deus; o que significa na forma de uma cruz.
(Continua na próxima publicação)
24 hs de Paz e Serenidade