(continuação) Atadura Emocional

É importante diferenciar os comportamentos saudáveis de amor do cuidado existente nas relações afetivas. Na verdade, a co-dependência é um padrão de relacionamento egoísta, onde existe o medo de perder o controle sobre o outro e que resulta em prejuízos para a saúde física e emocional. Na realidade, a co-dependência é uma espécie de falso-amor, tendo em vista que pode agravar o problema em questão, seja a dependência química, alcoolismo, transtornos de personalidade, etc. Todo amor que não produz paz, mas sim angústia ou culpa, está contaminado de co-dependência, é um amor patológico, obsessivo, é bastante destrutivo. Ao não produzir paz interior nem crescimento espiritual, a co-dependência cria amargura, angústia e culpa, obviamente, ela não leva à felicidade. Então, vendo desse jeito, a co-dependência aparenta ser amor, mas é egoísmo, medo da perda de controle, medo da perda da relação em si. É nobre o empenho em ajudar a outras pessoas que estão se autodestruindo. Entretanto, se quem ajuda se esquece de si mesmo, se entrega à vida da outra pessoa problemática, então estamos diante da co-dependência e de uma insanidade. A dor na co-dependência é maior que o amor que se recebe e se uma relação humana resulta prejudicial para a saúde física, moral ou espiritual, ela deve ser desencorajada. A pessoa co-dependente sente como se o outro fosse o seu bote salva-vidas. Mas este bote está furado e afundando. Em suma, o sujeito depende da dependência do outro. Percebe-se na co-dependência um conjunto de padrões de conduta e pensamentos que, além de compulsivos, produzem sofrimento. Não é difícil concluir que o codependente é uma pessoa de baixa auto-estima, um intenso sentimento de culpa e ao mesmo tempo, não consegue se desvencilhar da pessoa dependente. A boa-nova é que a co-dependência pode ser tratada. O tratamento da co-dependência tem como objetivo principal fazer com que o indivíduo resgate sua auto-estima e adote um padrão de relacionamento e comportamento mais saudável, principalmente no tocante à assertividade, à percepção das necessidades individuais de cada pessoa, e à necessidade obsessiva de controlar o outro. Mudanças geram medo e também desafios. O grande desafio do codependente é libertar-se; começar a nadar e ir na direção que deseja. Se estiver forte, poderá até rebocar o bote salva-vidas e, assim, de verdade ajudá-lo. No entanto, enquanto a mudança não ocorrer, o codependente viverá infeliz e atrelado.
O que são Reuniões Públicas Informativas?
São Geralmente realizadas na comemoração do aniversário do Grupo ou de alguma data de importância na história de Neuróticos Anônimos. A finalidade, entretanto, não é somente comemorar o evento, mas também aproveitar o ensejo da comemoração para que o Grupo transmita a mensagem de N/A publicamente. Além do público em geral, é costume convidar pessoas que, pela natureza de seu trabalho profissional, estejam ligadas ao problema da neurose, tais como médicos, religiosos, psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais e autoridades públicas, para que tomem conhecimento do método de recuperação de N/A. Companheiros que se consideram em recuperação prestam seus depoimentos, pois é através do relato de suas experiências pessoais que a mensagem é transmitida. Cabe a eles, sempre, um cuidado muito especial no que diz respeito ao anonimato pessoal a nível público.