Texto extraído do Livro Bronze, capítulo 3, continuação…
18 – É inegável que a pessoal mental e emocionalmente doente causa transtornos e dificuldades em torno de si, podendo realmente perturbar as pessoas com as quais entra em contato. Mas, doente como está, sem ajuda ela não consegue evitar que isso aconteça.
19 – A pessoa doente precisa querer recuperar-se e estar disposta a conseguir a sua recuperação.
Ninguém poderá ajudá-la enquanto ela não quiser realmente ajudar a si mesma. Tudo o que uma outra pessoa pode fazer é procurar mostrar-lhe onde encontrar ajuda, ou, o que muitas vezes é feito, tratá-la com firmeza, de tal forma que ela venha a sentir que realmente precisa buscar ajuda. Em outras palavras, não se deve mimar a pessoa doente. Deve-se, isto sim, mostrar-se firme com ela a fim de que comece a encarar a realidade, o que poderá mesmo apressar sua chegada ao “fundo do poço emocional”, quando então ela certamente vai querer ser ajudada.
20 – Essa dolorosa doença é caracterizada por muito sofrimento, que se manifesta em depressão, sentimento de culpa, ansiedade, ódio de si mesmo, remorso e outras emoções da mesma natureza. Pouca gente sabe que a pessoa mental e emocionalmente doente sente profundo arrependimento e remorso pelo que faz. As demais pessoas pensam que ela quer fazer coisas irritantes e sente prazer em magoar os outros. NÃO É VERDADE. O tormento causado pelo sentimento de culpa, ódio de si mesma, arrependimento e remorso é quase insuportável. A pessoa doente procura então torturar-se, tentando reparar o que faz de errado devido à sua doença. Forma-se assim um círculo vicioso que parece não ter fim, e que é o seguinte: Movida pelas emoções, a pessoa doente faz uma coisa errada. Isso lhe provoca sentimento de culpa, remorso, arrependimento e ódio de si mesma, que por sua vez provoca autopunição e tormento, que, também por sua vez provoca nova irritabilidade emocional, irritabilidade essa que leva a pessoa doente a fazer outra coisa errada, o que então faz com que o círculo vicioso continue sem parar, a não ser que seja interrompido através de um programa de ajuda.
Texto extraído do Livro Bronze, capítulo 3, continuação…
Continua na próxima edição, até o número 32
