Precisamos falar sobre medo na infância

Precisamos falar sobre medo na infância

Sentir medo é algo natural do ser humano em qualquer idade. É um sentimento de preservação da vida, que avalia o que pode ou não ser perigoso ou que envolve algum tipo de risco. E liga em nós uma defesa, ativa um modo de proteção. Sentir medo é importante para seres vivos. Mas quando este sentimento está desequilibrado, ou seja ora demais ora de menos, pode nos trazer riscos.

 

Ter medo em excesso prejudica as interações e novas experiências na  vida, pois faz com que a pessoa não enfrente novos desafios. Não ter medo pode trazer consequências perigosas, colocando a própria pessoa como as que a cercam em risco de se ferir. Em situações que nem sempre pode sair, podendo depois não ser revertidas. Ter medo na medida certa é fundamental para a manutenção da vida.

O medo existe com outras emoções que se misturam. Medo da morte, de perder o emprego, medo da solidão, ciúmes, angústia, ansiedade, insegurança, vergonha entre outros.

Entre o medo real e o imaginário

Como vimos o medo é importante, em todas as idades, para os adultos enfrentar o medo é algo mais natural, devido às suas experiências de vida. Mas para as crianças algumas coisas, por mais bobas que pareçam , podem se tornar algo muitas vezes assustador.

Por isto os pais devem orientar as crianças nos medos que são típicos desta fase. conversar sobre o medo, explicar o que é real. E não incentivar um medo, alguns adultos têm o costume de assustar as crianças que não se comportam como seres fantásticos. Como o “ Lobo”, “Bruxa” e “fantasmas” outros, como forma de punição.

Ouvir o que a criança tem a dizer.  E tentar juntos resolver o que está a deixando com medo. Pergunte, auxilie, sem forçar. Estimar ela a enfrentar sozinha o medo, achando uma solução.

Se uma crise de medo acontecer, primeiro distraia a criança. Depois retome o assunto quando estiver mais calma. Ofereça algum brinquedo ou objeto que ela goste para reduzir o nível de ansiedade. Normalmente na infância os medos vão se modificando conforme a criança cresce e se desenvolve. Alguns somem e outros podem tomar o seu lugar.

Porém, algumas vezes, os medos podem persistir por muito tempo e começar a influenciar de forma prejudicial na vida da criança. Quando isto ocorre e as conversas com pais não estão dando resultado, é indicado que a família procure a ajuda de um profissional capacitado que dê um suporte neste momento.

É importante deixar claro, conversar sobre perigo é fundamental , os pais  devem orientar seus filhos desde cedo, sobre medos reais, como por exemplo não falar com estranhos, não se deixar ser tocada, não mexer com eletricidade ou fogo. As crianças precisam destas orientações para que tenham uma infância feliz e segura. Conversar sobre o que é real e o que é imaginário é necessário. Orientar na medida certa faz com que a criança se sinta segura e consiga entender melhor seus medos, identificando o que é fantasia e o que é realidade, estabelecendo assim um ambiente de confiança em casa.

Geana Krause

Fonte da foto:   https://revistacrescer.globo.com/Criancas/Desenvolvimento/noticia/2013/02/o-medo-das-criancas-de-acordo-com-idade.html