Assisti a um vídeo de Marcelo Rubens Paiva onde ele conta sobre o acidente que o deixou na condição de deficiente físico ainda na juventude.
Como é que é? Deficiente?! Ele tem uma limitação mas nunca uma deficiência, já que pensa, critica, e argumenta muito bem. Tudo isso graças a Super Ação que a maioria dos tais eficientes físicos, como gosto de chamar estas pessoas, desenvolvem. Ser deficiente limita algumas coisas, mas potencializa outras, como a persistência.
Para os que não me conhecem pessoalmente, também sou um eficiente físico.
Com a Super Ação desenvolvi meus sentidos de colaboração e atenção para os que me cercam.
Já que não conseguia andar de bicicleta, jogar basquete e correr, gostava de assistir filmes, jogar videogame e brincar de soldadinho. Me dedicava a ser criativo ao usar mais a cabeça do que o corpo.
Já atravessei diversas paredes: Quebrei muitas barreiras que foram surgindo por conta da limitação, aprendi a tocar bateria, me dediquei a leitura e a escrita, além de ter refinado o gosto pelas artes.
As brigas que perdi? Eu nunca esqueci. Torno as palavras da banda Pato Fu as minhas.
Não sou Super homem nem Hulk, mas fui picado pela aranha da persistência (apesar de algumas vezes me sentir abatido) e sempre parti em busca do que gostaria de fazer.
Não sei se fiquei sensibilizado pela entrevista do Marcelo, pela simplicidade de como ele tratou o episódio, me fez relembrar tudo o que já conquistei na vida.
Superar situações e emoções é algo comum, porém aceitar as condições que estamos é fundamental. Existem vários exemplos de superação, pessoas que confiaram em si mesmas e batalharam para atingir seus objetivos, mesmo quando todos diziam o contrário.
Estamos em constantemente superação a partir do momento que a vida nos coloca em cheque.
É graças a pessoas que acreditam na superação, que hoje não usamos mais gramofones e máquinas de escrever, mas sim Ipods e laptops cada vez mais modernos.
Sinal de que estamos evoluindo. Ao infinito e além!
