Biscoitos de Natal

Acredito que tem algo especial em torno dos biscoitos natalinos. Desde pequeno fui gostando de colaborar na gostosura da cozinha natalina, ao redor dos vários quitutes que acabam sendo os nossos primeiros presentes.

A reunião familiar natalina deveria começar ao redor da cozinha, nas mãos sujas de farinha e manteiga que untam formas, do calor das mãos que fazem dos ingredientes uma só massa; Dos diversos confeitos coloridos, do perfume dos biscoitos prontos que contaminam a casa toda, sejam eles de canela, gengibre ou café.

Não há fragrância que se compare as dos biscoitos natalinos recem saídos do forno.

Na infância, minha parte era colocar  gotas de chocolate em cima dos biscoitos de café,  receita típica da minha família, colorir com açúcar e confeitos, pinheiros, estrelas, botas e sinos. Uma coleção de formatos que aumentava a cada ano. A cada fornada, já disputávamos estrela sem ponta, boneco sem pernas, já que os perfeitos seriam nossos presentes.

Até hoje não sei se a massa é mais gostosa antes ou depois de assados os biscoitos.

No livro “Clube do Biscoito” de Ann Pearlman, o fazer biscoitos de Natal é mais do que culinária festiva. Um grupo de 12 amigas se reúne para confraternizar e  avaliar como foi  o ano para cada uma. Cada uma leva treze pacotes de biscoitos que trocam entre si e doze que serão doados, cada qual leva a peculiaridade de sua cozinheira.

Conheço uma família, uma grande família, que tem a tradição de fazer o Dia do Biscoito, se reunindo  na casa da avó ou em um dos sete irmãos, quatro gerações reunidas fazendo cookies o dia inteiro.

É bom saber que ainda existem aqueles que mantem a chama das boas tradições acessas, criando motivos para ficarem juntos, cultivando o espírito natalino.

Tudo isso para dizer que a felicidade pode ainda estar nas coisas simples, e que o amor, paz e união, é e sempre será, o que mais importa.

Feliz Natal