Não somos o que os outros fazem de nós

A  frase  é de Jean-Paul Sartre, lida por Emanuel Madeira em um livro de Zigmunt Bauman, que trio promissor…

Não concordo em sua totalidade com ela, entendo que ele queira dizer que não somos o que os outros queiram que sejamos, preservamos nossa individualidade, e por isso, nos diferimos uns dos outros. A questão de adaptação do ser humano é muito interessante de ser analisada.

Por estarmos dentro de uma aldeia global, somos facilmente influenciáveis por tudo e todos, principalmente porque na atualidade, a presença constante da internet, a conectividade e  a questão do hiperlink nos dominaram por total. A influência virou um fluxo sem fim, estamos sujeitos a todo tipo de informação, e qual a saída para isso? Ao meu ver, a educação. Precisamos saber o que fazer com toda a informação que abundantemente recebemos; aprender a pesquisar deveria ser matéria escolar.

O mundo pós-moderno está muito prático e pouco teórico, o contrário do que acontece nas escolas.

O modelo educacional atual, está empacado na década de 50, seguindo a ´grade curricular´ proposta pelos militares. A juventude atual exclama aos educadores para uma mudança geral, desde a relação professor-aluno até as habilidades que deveriam ser desenvolvidas nos estudantes para o mundo contemporâneo. Já diz meu pai, o melhor sermão é o exemplo. O estudante aprende além do que o professor ensina, desde seus valores, princípios, ética, gestual, etc…  De um modo geral, não vejo essa mudança acontecer nas instituições, infelizmente, já que estes seriam os ambientes mais eficazes para mudanças.

Como de praxe em qualquer bom texto sobre educação, Rubem Alves filosofa sobre a revalorização dos sentidos; ver, ouvir, falar, sentir e degustar. Este deveria ser o princípio!

Nunca havia falado sobre educação, mas já que estamos nesta maré de corrupção e desmanche de instituições sem previsão de fim, o melhor é espalhar a semente da esperança nacional: Educação para ordem e progresso!