Nós, os emocionados

Gostaria realmente de sentir menos do que sinto em relação as pessoas. Conhecer primeiro, ir trocando ideia, de leve mesmo, mas não dá: Tem um muitíssimo que bate no meu peito.

Eu sinto muito, sou um emocionado. Quero mais é inundar a página de perguntas de amor e atenção, quero muito que me diga como você se sente quando lê um poema sobre amor: você está solteiro também no dia do amor, querendo um colo de alguém de quem gosta muito muito?

Estou falando demais, eu sei, as vezes sinto que só os emocionados que se apaixonam.

Paixão é forma que não cabe mais, eu acredito nela como em Papai Noel, sobrevoa meu solitário imaginário como um salva-pátrias em época de eleição: ‘’pode ser que de agora em diante, a situação finalmente mude’’.

Quando for mudar a estação do ano, as folhas caírem, o frio nascer de fora do edredom, as flores surgirem além do horizonte ou o sol bater na janela da copa florida, pode ser que mude meu status de relacionamento.

Sair para uma coxinha no bar não é sinal de que encontrar alguém é possível. Assistir a Semana Euclidiana, ir no acender da Tocha Euclidiana… Nem me venha com ir a Rodeio porque eu perco as estribeiras com perguntas toscas!

Abaixo a pegação! Quero mais emoção.

Como é romântico um flerte durante um café, quando a espuma creme de cima do cafezinho sugere uma sujeira sapequinha: se ela sujar os lábios desta beldade, vai ser um ótimo motivo para roubar-lhe um beijo hein!?

Os românticos também respiram o ar gelado do inverno poxa vida! Eu quero mais emoção, quero sentir tudo o que a atração permitir.

Quando foi a última vez que se apaixonou? Em 2010, ao som de Cornerstone. Seu nome era Carolina.

Hoje procuro mais motivos, e o dia de Santo Antônio me tirará do marasmo emocional com certeza!