Pinnochio

Depois de mais um projeto Walt Disney Pictures, de uma série de readaptações das clássicas animações do estúdio, sob a batuta do renomado diretor Robert Zemechis contando mais uma vez com Tom Hanks o ator de longas datas e grandes produções (‘’O Naufrago’’ e ‘’O Expresso Polar’’ só para citar algumas) a derracada péssima produção do estúdio, teve uma de suas piores produções dos últimos anos e deu a descarga no coitado do boneco de madeira que queria ser um menino de verdade.

Se não fosse por outro renomado diretor estrangeiro louvado em solos norte-americanos, eu estaria chorando mais, ainda bem que ele nos salvou.

Mantendo-se fiel ao tom que a história original italiana traz, tanto em seu lado sentimental quanto na estética que demorou longos cinco anos para serem realizas, a versão de Del Toro talvez seja a versão definitiva de uma fábula que discorre sobre o valor da inocência, esperança, juventude e principalmente, sobre a causa-consequência.

Quem poderia imaginar que o mundo de fantasia de Guillermo del Toro fosse combinar tanto com esta fábula como aconteceu?

Com um pano de fundo tenso e sério como a Segunda Grande Guerra Mundial, mesclando elementos de sonho, realidade e medo, ficamos diante de nossas próprias dúvidas e incertezas a respeito do que somos em momentos de fragilidade e nos momentos de escolha.

Preservando a inocência da criança, Guillermo Del Toro entrega um Pinocchio a altura da lição de moral por trás da obra de Carlo Collodi.

Esta versão não é para crianças pequenas, mas para aquela que pode estar adormecida em nós e que precisa as vezes espreguiçar, relaxando  do sono de nossa razão e mergulhar um pouco na memória que guardamos, de fantasia e novidade.