O bebê de Rosemary e o Poder da Maternidade

Saudações, leitores do Jornalzinho! A história de hoje é sobre um clássico de terror da literatura e do cinema. O bebê de Rosemary, livro escrito por Ira Levin em 1966, narra a história assustadora de Rosemary Woodhouse, esposa de um ator que está em busca de um lugar ao sol no cenário norte-americano. Logo no início, o casal está se mudando para Bramford, um dos edifícios mais badalados e com passado trágico na história de Nova York. A partir desse momento, fatos muito estranhos acontecem e personagens pitorescos aparecem. Os estranhos vizinhos, as visitas, Guy (o marido) também se transforma em algo perfeitamente bizarro e todos os outros contatos de Rose são completamente fora dos padrões. Há um jogo grande em que Levin brinca com a índole dos personagens.

Classificado como uma obra de terror psicológico, esse livro é enlouquecer (no sentido mais literal possível da palavra). À medida em que a leitura se desenrola, o autor vai criando uma atmosfera de desconfianças, suspeitas, angústias, incertezas, inseguranças e dores e quanto mais o leitor acompanha os passos de Rosemary, mais questionador sobre a sanidade de Rose (e dele mesmo) ele se torna. A sensação contínua é de que estamos enlouquecendo junto com a personagem.

Um tema muito forte que as páginas finais traz à tona é a questão da maternidade e a força do amor maternal. Será esse sentimento capaz de sobressair a qualquer situação? Sim, Rosemary engravida e o pai é uma figura um pouco inusitada. Mesmo com uma criança com características peculiares, ela assume seu papel de mãe e se transforma em uma força poderosa para proteger a cria.

É exatamente por ser inesperado que o final se torna cômico (sem maiores spoilers).

O Bebê de Rosemary reforça a ideia de um amor maternal incondicional e consegue compartilhar conosco o sofrimento de uma mulher que, talvez enlouquecida por descontrole hormonal da gravidez, talvez enlouquecida por problemas psíquicos, talvez vítima de uma realidade macabra, consegue retomar seu equilíbrio e assumir seu novo papel de parturiente.

Abaixo, vídeo do meu canal sobre o livro. Leiam, assistam, “culturem-se” sempre! O que importa é pensar. Até o próximo artigo