Bate Bola Abril de 2018

No mês passado, estive em Brasília/DF. O estádio Mané Garrincha, o mais caro da Copa do Mundo no Brasil em 2014, sofre com estado de conservação e falta de jogos: nenhum ainda em 2018. Nem de longe lembra mais o padrão FIFA. Em 2017, o principal estádio da capital federal ficou quase 9 meses sem uma partida oficial. Custou mais de R$ 1,5 bilhão em recursos públicos e, ainda em 2018, será concedido à iniciativa privada por meio de licitação, podendo virar casa de shows e eventos!

Um dos mais tradicionais clubes do interior, o Mogi Mirim, foi rebaixado para a quarta divisão de profissionais do futebol paulista. Começou 2015 na Série B do Brasileirão e na elite do Paulistão e, em 3 anos, foi rebaixado 5 vezes: atuará em 2019 nas últimas divisões do Brasileiro e do Paulista. O Sapão da Mogiana viveu tempos de glória no início da década de 1990, quando ficou conhecido como “Carrossel Caipira”…

Além de Mogi Mirim, dois grandes (que recentemente estavam na elite) foram rebaixados para a quarta (e última) divisão estadual: Marília e Rio Branco de Americana.

Por motivos familiares, acompanhei de perto a Série A-3 do Paulistão 2018. Estive ativo com dirigentes de um dos clubes participantes: Monte Azul, da pequena cidade de 19 mil habitantes. Com salários em dia (média de apenas R$ 1,5 mil mensais), sem pagamentos de “bichos” por vitória e com time jovem (média de 23 anos), manteve-se na A-3 em partidas emocionantes, apesar do baixo nível técnico da competição. As torcidas são fanáticas nesta divisão… lembram os “velhos” jogos amadores da nossa região, onde hoje sequer há campeonatos regionais competitivos.

Assisti à semifinal Botafogo 0x0 Santos do Paulistão numa noite de domingo quente em Ribeirão Preto/SP. Jogo apático, fraco tecnicamente. No mesmo estádio Santa Cruz, num passado recente, presenciei jogos do Santos com Neymar, Robinho, Diego, Elano, etc. É fácil entender o quanto ganha o craque Neymar enquanto jogadores “normais” nem tanto: a qualidade técnica.