Não coloque sua felicidade nas mãos dos outros!

Nós não somos ilhas… Existe dentro de nós, em proporções e necessidades diferentes, o desejo de amar e ser amado. Este desejo tem sido extremamente explorado pelas redes sociais e demais alternativas que buscam oferecer-nos um par perfeito.

A verdade é que aceitamos e navegamos nestas vias buscando puramente alguém que preencha nosso vazio, nossa necessidade de completude, de felicidade e acolhimento. Não se trata de pessoas que vivem sozinhas simplesmente, mas muitos são socialmente populares ou até mesmo sempre rodeados de pessoas. Mas, como dizia S. João da Cruz a centenas de anos atrás, vivem uma solidão povoada. Isso reflete nossa ânsia de amar, mas também nossa dificuldade de viver a solidão, de viver conosco, de nos amar por primeiro.

Em uma sociedade cada vez mais consumista, competitiva, o individualismo e a especificidade tem se apresentado como características cada vez mais comuns, e isso favorece o isolamento. Faz se necessário aprender que solidão não começa quando nos afastamos de alguém, mas quando nos afastamos de nós mesmos. Isso torna-nos peregrinos a vagar sem rumo, sem sonhos, sem um ideal que faça nosso coração vibrar.

A angustia deste vazio intenso e que dói, nos leva a buscar por alguém que nos faça sentir melhor, onde depositamos nesta pessoa todas as expectativas e responsabilidades para nos fazer feliz. O relacionamento já começa errado assim… Pois ninguém consegue plenamente nos completar.

O segredo não é esperar que outros nos amem, sem nos amar. Que outros nos aceitem se não nos aceitamos. O primeiro relacionamento tem que ser com você… E assim certamente as pessoas entrarão em nossas vidas para nos fazer felizes e não simplesmente ser mais um ou uma para nossa coleção de decepções.