Impactos da Alta do Dólar

As oscilações na bolsa de valores e na cotação do dólar não afetam apenas empresários e investidores do sistema financeiro, causam impactos no dia a dia de todas as pessoas.

Recentemente, o mercado econômico brasileiro está passando por um período instável, e o dólar por um grande crescimento em relação ao real. No último mês, a moeda americana chegou a custar R$ 2,736, maior nível desde 2005. Além do cenário internacional, fatores internos como a campanha eleitoral, mudanças no governo, baixo crescimento econômico e escândalos de corrupção influenciaram esse aumento.

A cotação do dólar varia como o preço de qualquer produto comercializado, ou seja, seguindo a lei da oferta e da procura: quando há bastante dólar em circulação o valor dele diminui; quando há pouca moeda americana no mercado, elas ficam mais concorridas por quem compra e vende, e o valor sobe.

Um dos motivos da redução da quantidade de dólares no país é investidores estrangeiros, receosos com a situação do Brasil, ou influenciados por expectativa positiva de outros países do mundo, retirarem seus investimentos daqui, resultando em uma grande saída de dólares do país.

E afinal, quem ganha e quem perde com a alta do dólar?

A desvalorização do real frente ao dólar contribui para o Brasil vender mais produtos no mercado internacional, o que ajuda a garantir mais empregos e uma margem de lucro maior para as empresas exportadoras.

Por outro lado, os produtos do exterior que entram no país passam a custar mais caro para as importadoras, e com o aumento dos preços dos insumos importados os preços no mercado interno também sobem, afetando diretamente a inflação.

A inflação mais alta diminui o poder de compra dos salários das pessoas, que também são reduzidos quando calculados em dólar. Assim, os assalariados vão ficando mais pobres cada vez que o dólar sobe.

Além disso, há outras consequências na vida dos brasileiros. A principal delas é que o aumento da incerteza do valor da moeda brasileira frente ao dólar deixa todas as empresas e investidores em posição mais cautelosa, o que piora a economia do país como um todo.