O Brasil terminou os Jogos Olímpicos de Londres 2012 em 22º lugar no ranking e com o recorde de 17 medalhas: três ouros, cinco pratas e nove bronzes. Em Pequim (2008) foram três ouros, quatro pratas, oito bronzes, totalizando 15 medalhas e o 23º lugar. Ou seja, comparando o desempenho nacional em Londres com o obtido em Pequim, a diferença ficou em uma prata e um bronze e uma posição acima no ranking.
Porém, por trás desta marca, está também o maior investimento do governo na história de um ciclo olímpico: com apenas duas conquistas a mais que o recorde anterior, o preço de cada medalha é o mais alto até então registrado.
Segundo levantamento do UOL Esporte, a preparação dos 258 atletas brasileiros inscritos em 27 modalidades esportivas custou ao país R$ 2,1 bilhões. Esses números levam em consideração os investimentos governamentais durante o ciclo olímpico (período de 2009 a 2012) e inclui os gastos da Lei de Incentivo ao Esporte (R$433 milhões) e da Lei Agnelo Piva (R$550 milhões), verbas do Ministério do Esporte (R$644 milhões) e patrocínio de sete empresas estatais (R$520 milhões).
Somando tudo, cada uma das medalhas que os atletas brasileiros faturaram nas Olímpiadas de 2012, são resultado de R$ 123,5 milhões em investimento cada, valor 54,3% maior que o investido na última Olímpiada. Para os Jogos de Pequim o Brasil investiu R$ 1,2 bilhão no esporte olímpico nacional entre 2005 e 2008, resultando em um custo médio por medalha de R$ 80 milhões.
Se forem desconsideradas as duas medalhas conquistadas pelo futebol (masculino e feminino) em Pequim e a de prata obtida em Londres, já que a modalidade não recebe verbas da Lei Agnelo Piva, o Brasil gastou quase R$ 3,3 bilhões para conquistar o total de 29 medalhas nos dois últimos Jogos Olímpicos, ou seja, um custo de R$113,8 milhões por pódio.
