/Não é mais Macunaíma//

Depois de muito tempo negando a leitura da obra que imortalizou a palavra ‘’Modernismo Brasileiro’’ na Academia, li finalmente a obra Tupi-Guarani brasileira, e verás tu, que Macunaíma não é mais Brasil!

Macunaíma ficou histórico, guardado na memória literária, enfeitando um possível país.

Verás que avançamos após o Modernismo Tupi-Guarani dos Paulistas através da tropicália realista, esta sim, uma usuária da proposta antropofagia, que foi bem digesta, caracterizando os elementos, agora brasileiros.

No seu discurso com verbetes linguísticos originários, é forçoso ler, concatenando seu enredo. E para quê!?

Verás tu Brasil, que a terra em que habitamos não é mais Macunaíma, e graças a Tupã, Ops! E graças a Deus, nosso Senhor!

Sem a arfada ufanista nos alvéolos pulmonares de nossa cultura, seríamos ainda mais engolidos por esta influência americanah.

Não sentiríamos nem Gil ou Jorge Ben, Tim, Lenine, Gal ou os surtons de Jobim. Mas por que Emanuel, não dizes sobre Heitor Villa-Lobos? Pois ia falar agora, assim como de Hector Babenco, Itamar Assumpção e Egberto Gismonti.

E graças a quem todos estes tiveram a influencia antropofágica? Em Mario, Oswald, Tarsila, Manuel, e toda a turma da Semana.

Quero com tudo isso dizer, portanto que não se pode achar que Macunaíma é o inicio e o fim de um ciclo. Ele foi só o começo, foi só o começo.

Estamos aqui, porém, num momento diferente. Em que a gente se entretém, com uma nova reciclagem das ideias modernas.

Se temos algo a nos orgulhar enquanto brasileiros, creio que seja em nossas artes, nossa riqueza esta na nossa raiz criativa.

Nos filhos de Macunaíma, leras agora o catatau Leminskiano, a mutante geleia geral, e o que temos lá? Toda o ideário antropofágico vivendo saudavelmente.

E é só a minha opinião, ok pessoal?