/ O que restou//

Quando conhece alguém que bate as ideias, e parece ser alguém bacana de começar uma amizade, acontece uma festa em seu peito. Gerar a possibilidade do encontro então, nossa… É um open bar.

Até que você passa a semana toda, segurando a ansiedade pré-matura, sufoca teu desejo libriano de estar no mesmo lugar que a nova companhia ariana, e respira o mantra bovino 3 vezes ao dia, 5 dias na semana: “own”.

Sextou! É a data marcada, vai rolar a arte do qual Vinícius de Moraes tanto prega: ” a vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro na vida”.

Você repete o mantra anti-ansiedade dos minutos para confirmar a ida, e… Recebe um bolo de abacaxi, daqueles azedos, bem no meio da cara!

Você não criou expectativa, lógico que não, tu és adulto, recebeu alguns vários não na adolescência, tá vacinado contra o não. Olha lá na carteirinha: 3 doses, já aprendeu a não fazer expectativas né!?

Só que não.

Respira fundo! Pensa naquilo que mais gosta na vida; imagine uma borboleta; fixe nela, em seu voo límpido. Olha como ela se move, é azul? Amarela?

Pego a borboleta com a mão e estraçalho suas frágeis asas. Pego uma frigideira, fungo minha respiração de lástima e descrença com a humanidade a meu redor, e abro um rapidez.

Ligo o fogo, corto o queijo, coloco o rapidez. Conto até cem, viro o rapidez. Fungo em desconsolo, desamparo, desalento. Viro o rapidez.

Penso no que fazer para melhorar este meu estado de humor.

Vou falar com a Laure. Ela me orienta, se comove, fico com o coração afagado, um pouquinho mais aliviado, e volto a pensar.

Quer saber!? Dane-se! Vou escrever para esquecer que tudo isso aconteceu.

Eis aqui! O que você leu, foi o resultado de toda esta ópera.

Viver não é fácil, é muito emocionante!