/Tick, Tick, Boom!//

Os trinta anos se tornou uma maldição para algumas gerações. A lenda de que até os trinta   carreira engatilhada, família, e todos aquelas afirmações pro formes chatas de tia ranheta.

O musical da Broadway, transformado em longa pela Netflix coloca o assunto na mesa redonda. Baseado nestes e outros dilemas de Jonathan Larson, o protagonista e escritor desta epopeia contemporânea, Tick… Tick… Boom! Tem uma cara diferente de musicais, como foi Mamma Mia e outros hits da Broadway.

Mas talvez o maior trunfo deste, seja falar sobre a vida acontecer mesmo depois dos 30 anos.

O longa se passa durante a virada da década de 80 para os anos 90, com as revoluções tecnológicas batendo a porta da realidade, o confrontamento com a AIDS, o mal daquela década, o ganha-pão começando a se tornar caótico, tudo sob uma ótica otimista do protagonista.

Com o experiente diretor Lin-Manuel Miranda se esforçando ao trazer algumas cenas mais próximas ao teatro possíveis, com cenas gravadas sob as luzes do palco, o filme tem o brilho de Andrew Garfield ao trazer vida a Jonathan Larson e aos sentimentos de uma geração, nascida com a tecnologia sem fronteiras da internet.

Talvez a maior façanha do longa seja entrar no âmago das vontades desta geração.

A canção ‘’30/90’’, que abre o filme, serve como um grande fio condutor da trama!

Tick, Tick, Boom! Foi muito barulho para uma bombinha de criança. Mesmo contando com a boa performance de Garfield, o filme como um todo não encanta como os outros musicais adaptados da Broadway.