Cidade lotada, um dia quente. Barulhos automóveis, cigarro fumaça poeira, cadê minha lista!? Dinheiro!? Carteira!? Ah sim, aqui estão elas. Preciso pagar as contas antes que elas me apaguem.
A burocracia deveria ter menos fila. Cadê meu troco poxa?! As trinta e vezes que pode ser pago o microondas novo da vitrine já estão pra lá do limite da minha paciência do preço de custo de vida-dura que vivemos.
Mas tudo bem: o mundo é bom Sebastião! O canarinho amarelo continua passando no fio do poste; café, bolo de fubá, pão e queijo ainda cabem no orçamento do mês; e o material escolar das crianças, já está pago!
Depois desta ciranda de cotidiano, chego em casa, lavo as mãos e aproveito uma prosa entre família.
O mundo é bom Sebastião: o canarinho canta no quintal; tem serviço para ser feito, arroz na panela, e esforço para lavar a louça do “depois do almoço” com o sentimento de que por mais difícil que seja a labuta, ela precisa ser vencida, com nosso esforço e satisfação de dever cumprido.
Por mais caro que o pão esteja, há sempre trabalho a ser feito, basta arregaçar as mangas!