/Adele, 30//

Enfim a ansiedade dos fãs acabou: O novo álbum da Adele está no ar!

O álbum foi produzido sem muitos efeitos na sua voz, as gravações foram feitas ao vivo no estúdio, sob uma áurea de fim de um relacionamento, fim de casamento e mãe solteira, receita perfeita para o sucesso.

Poderia ser mais interessante se mantivesse ao longo do álbum, o mesmo clima das três primeiras faixas, ‘’Strangers By Nature‘’ ‘’Easy On Me’’ e ‘’ My Little Love’’, com uma vibe mais soturna, bastante inspirada em Billy Holiday, buscando curar suas crises através da melancolia. Mas tudo bem, o novo trabalho soa conciso, é bonito ouvir a cantora sob uma recente razão de um lamento real, pois há um discurso confessional entre voz e piano, característico dos álbuns pessoais, que ficou muito vibrante no novo disco.

Apesar das três faixas terem quase o mesmo tipo de mensagem, Adele fez em 30, o melhor trabalho de sua carreira. Quando antes mostrava estar ‘’de boas’’ com seus relacionamentos passados, como em ‘’Rumors Has It’’ ‘’Rolling In The Deep’’, agora parece que caiu do paraíso e encarou a real.

Uma faixa interessante do álbum é ‘’Cry Your Heart Out’’, onde consegue através do reggae, realmente chorar as pitangas com mais felicidade, por mais depreciativa esta frase pareça é verdadeira, pois lembrem-se, ‘’30’’ é feito sob uma onda de tristeza de fim de relacionamento, e já é sabido que Adele adora rir de sua própria desgraça, então esta é uma clássica ‘’música da Adele’’.

Para finalizar como se brindasse a finalização de mais um álbum, também é relevante falar de ‘’I Drink Wine’’, um inteligente título de quem está passando por uma fase difícil, e a letra fala da tentativa de se endireitar emocionalmente.

Adele consegue se manter como a artista britânica que promete continuar a invasão britânica nas rádios norte-americanas. Sim, Adele é pop, comercial e tudo mais. Porém, contudo, todavia, sabe o que está fazendo.