Edificação De Uma Nova Vida

Fazendo uma análise retrospectiva da minha vida, pude verificar que sempre existiu em  mim um anelo de ser melhor e de ajudar aos semelhantes. Entretanto, apesar das várias tentativas feitas com os elementos de que dispunha, isto é, propiciados pela religião que pratiquei e pela cultura vigente, não obtive resultados satisfatórios nos aspectos internos e espirituais.

Não consegui, também, resolver as aspirações de saber, as inquietudes espirituais, nem tão pouco os problemas da minha inteligência que sempre se manifestaram, levando-me a uma constante prostração mental e espiritual. A falta de realização nos aspectos moral, psicológico e espiritual produzia em  mim um grande vazio interno que me deixava triste e amargurado.

Observava esse mesmo estado de angústia e insatisfação nos seres com os quais convivia e nos demais de um modo geral, embora pertencessem as mais variadas seitas, correntes ideológicas ou filosóficas, o que me levava a concluir que nenhuma delas tinha condições de orientar o ser, para que pudesse resolver essas questões de tamanha transcendência para a superação e evolução.

Os desconhecimentos da própria realidade, das minhas deficiências psicológicas, do meu potencial interno e a falta de realizações nos aspectos transcendentes eram, na realidade, a causa do descontentamento frente à vida.

Foi justamente nessa época, em que me encontrava nessa situação, que deparei com a Logosofia, Ciência em prol da superação humana.

Quando me aproximei do ambiente da Fundação Logosófica, fiquei maravilhado. Percebi que ali deveria existir algo diferente dos demais, porque não havia encontrado, ainda, nenhum similar a esse. Posteriormente, pude comprovar que, além da existência de uma ética superior de respeito, de tolerância e de liberdade entre os  estudantes, reinava no ambiente uma grande força, denominada afeto.

Logo no início, obtive os primeiros resultados através dos reajustes disciplinares, factíveis de realizar por meio do original método logosófico, e pude comprovar as primeiras transformações internas que refletiam em meu modo de pensar, de sentir, de ver e de entender. Então, procurei intensificar o estudo e a prática dos seus ensinamentos, o que me levou a resultados ainda maiores.

Entretanto, nessa época, tive de lutar muito com os resquícios da crença e dos preconceitos que me foram inculcados na infância, idade em que nem sequer fazia uso da razão.

Analisando os meus conceitos de vida, homem, destino, consciência, mente, espírito, Deus e muitos outros, verifiquei que antes de estudar Logosofia, eles eram estáticos e, principalmente o conceito de Deus, era o mesmo que me havia sido inculcado na infância. Pude, então comprovar que “todo conceito que não evolui se reverte num preconceito” e que a natureza se perpetua mediante uma renovação constante de suas partes.

Compreendo, agora, que para conseguir a verdadeira evolução é necessário pensar por mim mesmo e promover uma renovação constante dos conceitos, além de eliminar os preconceitos, as deficiências psicológicas e as crenças existentes em minha mente, porque “não pode haver evolução sem mudanças”.

Sinval Lacerda

Para mais informações sobre a Logosofia e a Fundação Logosófica: www.logosofia.org.br