/Reflexões a um bit de distância//

Se há algo a se fazer sem ser incomodado, vigiado e cutucado ultimamente é pensar.

Quem busca equilíbrio por um exercício reflexivo de mantra-indiano em pleno anos 2000, é quase que chamado de maluco.

A calmaria hoje é sinônimo de atraso, desconexão com a realidade dos fatos.

‘’Tá biruta, mermão?! Ficar viajando neste trem louco, cumpadi?!  Compartilhe aí pela hashtag brother: #se_liga_aew’’.

A falta do ‘’perder tempo’’ para pensar hoje é o que faz Mario Sérgio Cortella, Clóvis de Barros Filho, Luiz Felipe Pondé e Leandro Karnal, na essência de seus trabalhos, serem tão reconhecidos, por raciocinarem de forma bem didática, alguns preceitos filosóficos dentro desta navilouca mordida por um cachorro-doido.

Todos conseguimos pensar, mesmo que minimamente, sob o cotidiano, sobre nossas inclinações religiosas, políticas e opinativas de todas as outras ordens.

Não há bula, nem regra a ser seguida, o silêncio basta. Mas quem busca o silêncio atualmente?

Nem a noite que deveria ser mansa como brisa do mar vespertina, nunca foi tão barulhenta quanto agora.

Se você acorda as 3:00am, com certeza ouvirá algum carro desavisado, passando pela rua, ali na casa dos fundos.

A natureza é mais silenciosa a noite, e mesmo assim, eles cantam a noite inteira: corujas, grilos, e um ou outro alarme de cerca elétrica mais desavisado.

Muito barulho por nada.

O pensamento que iluminou e que continuará a guiar os da humanidade, será feito com a calmaria e a baixa tensão que algumas poucas pessoas procuram.

Se a internet e a profusão de informação jorrada na nossa cabeça todo dia nos faz paranoicos e ansiosos, será preciso mudar de direção e buscar um equilíbrio saudável para podermos usufruir e raciocinar sobre tudo isso.

Senão o mar continuará a bater e, no fim, não restará pedra sob pedra.