A fisioterapia na gestação é só para quem deseja parto normal?

Ao contrário do que muitos pensam fazer fisioterapia durante a gestação não é apenas para quem tem o desejo de um parto normal, a nossa abordagem vai muito além de permitir que a parturiente tenha uma melhor experiência durante o trabalho de parto (principalmente na redução da dor).

 

Durante a gestação ocorrem diversas alterações e adaptações no organismo materno, que geram sobrecarga para as articulações, músculos e ossos, além do frequente aparecimento de dores e desconfortos musculoesqueléticos como a dor lombar, dor pélvica, dor no punho e mão, dificuldade em fazer algumas coisas que a gestante era acostumada a fazer devido ao crescimento da barriga e o escape de urina durante situações que exigem esforço (durante a tosse, espirro ou ao pegar um objeto pesado). A postura da mulher se modifica e os músculos do assoalho pélvico enfraquecem (até mesmo em cesarianas), devido ao aumento de peso da mãe e do bebê e também das alterações hormonais específicas da gestação. Estes desconfortos muitas vezes afetam a qualidade de vida, aumento dos gastos com a saúde, insônia, diminuição da atividade sexual e podem causar até mesmo depressão.

A fisioterapia tem um papel essencial neste momento da vida da mulher, atuando na prevenção e promoção da diminuição destes desconfortos citados anteriormente, levando a uma melhora da qualidade de vida, além de preparar a mulher para a gestação, parto e até mesmo o pós-parto.

Por isso, desde o início da gestação (ou até mesmo antes de engravidar) a mulher deve cuidar do seu corpo, ter uma alimentação balanceada, fazer atividade física, realizar o treinamento dos músculos do assoalho pélvico (preferencialmente sob a supervisão de um fisioterapeuta) e cuidar da sua postura. Desta forma, independente da via de parto, haverá maiores chances de viver esse momento único com maior conforto e qualidade de vida.
Cuide-se!

Caroline Caetano Pena

Fisioterapeuta
Crefito-3/234036-F