A adolescência é uma fase difícil tanto para filhos quanto para os pais. E a falta de comunicação, por vezes, é um dos grandes obstáculos. Desde já, saiba que uma das dicas é demonstrar interesse, então escute o quê seu filho tem a dizer. Ainda que, os assuntos não tenham muito haver com seu universo de adulto, ou que seja receptivo, que você não concorde. Guarde um pouco seu juízo de valor, sobre ídolos, modas, filmes, enfim ideias novas. Ouça e se coloque no lugar dele. Lembre que um dia você já foi um adolescente. Compreender é a palavra chave, saber o que ele está pensando, suas motivações e interesses é abrir espaço para o diálogo. Se você está aberto a ouvir, ele saberá que pode contar com você para escutar. E poderá procurar para conversar quando precisar.
Como lidar com a adolescência:
Demonstre respeito, seja como for, seu filho tem opiniões, ideias e sentimentos. Esteja presente quando ele quiser te procurar, presença mais do que apenas física, ou seja, preste atenção ouça verdadeiramente.
Da mesma forma, não o force a falar. Às vezes o silêncio é necessário naquele momento. Nesta fase, nem sempre eles conseguem expressar o que estão sentindo, e precisam de tempo para reelaborar internamente situações e emoções que experimentam. Seja como for, fazer uma avalanche de perguntas acaba não ajudando. Se coloque á disposição, quando ele achar que é hora de conversar.
Porém, se o tempo de silêncio durar muito tempo, o procure e fale como se sente por não conseguir se comunicar com ele. Jamais tente forçar a situação. Frases como a clássica “Você nunca me conta nada!” afastam em vez de aproximar.
Às vezes, conversar sobre suas experiências no passado podem fazer um elo, pois as situações por maior que seja a diferença de idade entre pais e filhos são parecidas. Fale sobre como era na escola, com seus amigos, as dificuldades, problemas, o lado bom e as superações.
Desça do pedestal, muitas vezes nos colocamos numa posição inalcançável. Mostre que também tem suas dificuldades. Contar sobre como você resolver problemas e consegue superar é muito importante. E vale muito mais que uma lição de moral, que serve apenas para reprimir ainda mais. Na adolescência as ações por vezes são tomadas por impulsos, sem medir as consequências. Portanto, ter esse canal aberto a comunicação é essencial para ajudar seu filho a passar por esta fase cheia de incertezas.
Frequentemente, somos levados a criticar certas ações, gostos e interesses. Mas evite ser sempre um juiz, se coloque no lugar dele, para não afastá-lo. Pergunte, tire suas dúvidas. Saiba o que ele gosta e ouça a explicação sobre o foco de interesse. E leia, pesquise, converse com outros pais. Esteja sempre bem informado.
O que fazer quando adolescente passou dos limites:
E seja como for, se um dia seu filho lhe contar algo “ruim” que ele tenha participado de alguma maneira. Sabia primeiro ouvir e também saber separar a “ação errada”, ou seja, “o que ele fez” da pessoa que ele é. Converse, aconselhe, tome as medidas necessárias para que a situação necessitar. Mas deixe sempre claro, que o amor não diminuiu. Mas, que toda ação tem um consciência, é preciso ensinar a importância da responsabilidade.
Existe situações que será necessário ser mais firme. Em que o adulto terá que exercer a sua função parental. Pais devem procurar serem amigos dos filhos, mas sem nunca esquecer que possuem a responsabilidade de educar, proteger e dar limites. O que não é nada fácil nessa fase, mas é fundamental para que este adolescente consiga se desenvolver emocionalmente.
Enfim, não deixe seu filho se isolar totalmente, tente manter o diálogo e esteja aberto a ouvir o que ele tem a dizer. Às vezes, eles podem nos surpreender!
Geana Krause
Escritora, Colunista, Pedagoga, Psicopedagoga , Especialista em Ed. Infantil e Anos Iniciais, Pós-graduada em Ed. Especial e Inclusiva
Atividades desenvolvidas: hora do conto , oficinas literárias, curso para professores (temas: ed. infantil, ludicidade, atividades criativas, matemática para crianças pequenas como criar jogos a partir de livros, educação especial e inclusiva, dificuldades de aprendizagem). E orientação para publicação de livros .
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