A incontinência urinária é caracterizada por qualquer perda involuntária de urina. Ela afeta duas vezes mais as mulheres do que os homens, tendo uma prevalência estimada de 25% e 45% em homens e mulheres, respectivamente.
Embora seja uma disfunção comum e presente em grande parte da população, gerando um impacto negativo na qualidade de vida de seus portadores, constrangimento e em alguns casos até isolamento social, ainda existe um tabu em relação à busca por tratamento, cerca de 70% das mulheres que relatam sintomas de incontinência urinária não procuram ajuda de profissionais da saúde.
Alguns fatores de risco para ter incontinência urinária são: sobrepeso, atividade física de impacto, tosse crônica, constipação intestinal, gestação e paridade.
A incontinência urinária é classificada de acordo com os sintomas e pelas circunstâncias que ocorrem no momento da perda urinária. Os tipos mais comuns são:
– Esforço: Qualquer perda urinária decorrente do aumento da pressão intra-abdominal (ou seja, é a perda de urina durante a tosse, espirro, ao movimentar-se e ao carregar peso);
– Urgência: Perda urinária associada a uma vontade súbita de urinar (ou seja, é quando sentimos aquela vontade repentina de urinar e não conseguimos chegar ao banheiro a tempo);
– Mista: Perda urinária acompanhada de urgência e também aos esforços.
Entre as opções terapêuticas para o manejo da incontinência urinária estão o tratamento medicamentoso, cirúrgico e a fisioterapia. A fisioterapia deve ser a primeira linha de tratamento de escolha para as mulheres, pois constitui de técnicas eficazes e com alto nível de evidência científica.
Apesar de ser algo comum, perder urina não é NORMAL. Se você já teve algum episódio não a subestime, busque a ajuda de um profissional. Cuide-se!
Caroline Caetano Pena
Fisioterapeuta
Crefito-3/ 234036-F