Colaboração: base de um futuro melhor

Colaboração: base de um futuro melhor

Enquanto nós, brasileiros comemoramos o “Dia da Independência”, a concepção logosófica proclama que a base de um futuro melhor depende da colaboração de todos.

Todas as leis universais exercem sua influência sobre os mundos numa rítmica colaboração cósmica, como se tudo devesse obedecer aos desígnios superiores de uma vontade que está acima das vontades humanas.

Colaboração, no sentido amplo e elevado da palavra, implica compreensão das circunstâncias, das necessidades, das exigências e do conjunto de fatores que regem, de tempos em tempos, as situações que se criam para povos e homens, coletiva e individualmente, como imperativos de cada uma das horas às quais se deve render tributo, porque são as que marcam as etapas que a humanidade vem percorrendo desde que começou sua marcha pelos caminhos do mundo.

Colaboração deve significar também e necessariamente, como expressão de um alto princípio de reciprocidade, a coincidência nas inteligências acerca dos fins que são perseguidos; o desejo comum de servir a uma obra com amplidão de propósitos, sem egoísmos nem mesquinharias, e sem buscar outras satisfações que as do acerto quando se comprova a fertilidade do esforço nos resultados obtidos.

Nestes tempos de suscetibilidades, mágoas e intolerâncias, torna-se cada vez mais imprescindível estimular o espírito de cooperação entre os povos e fomentar a boa vontade no esforço pela obtenção das soluções dos grandes como dos pequenos problemas que tanto preocupam e afligem as nações do mundo inteiro. Entretanto, essa colaboração – referimo-nos ao espírito que deve animá-la – tem que se estender a todos os setores, a todas as atividades, começando pela própria família, de cujo bem-estar depende, justamente, o alívio dos males que afetam a grande família humana.

Os refratários a toda colaboração, os que resistem a participar de todo empenho útil e edificante, costumam retardar muitas vezes o entendimento que é necessário para a conquista dos fins nos empreendimentos nobres e construtivos, trate-se de governos, países ou indivíduos. Qualquer que seja o pensamento que anime a uns e a outros, será preciso buscar, e a isso deveria tender sempre o esforço de cada um, algum ponto coincidente em que as mãos dos homens possam estreitar-se em proveito de um bem comum, já que não se deve esquecer que todos, sem exceção, queiramos ou não, marchamos rumo a um futuro que, indubitavelmente, haverá de ser benigno ou cruel, de acordo com o que tenhamos feito em favor dele.

Extraído da Coletânea da Revista Logosofia, Tomo 2, p. 233