Metas de Inflação

Desde 1999 o Brasil tem um sistema de metas de inflação em que todo ano é determinado o patamar considerado mais adequado para a variação de preços no país.

A meta é definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelos ministros da Fazenda e do Planejamento e pelo presidente do Banco Central e, é um compromisso do governo de que não deixará a inflação fugir do controle e que vai fazer de tudo para ela atingir determinado valor.

A principal ferramenta para fazer com que a meta de inflação seja cumprida é a política monetária. Para isso, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), se reúne periodicamente para decidir a taxa de juros básicos da economia (Selic).

Se a inflação está em um patamar considerado alto demais, o BC sobe os juros. Isso porque, com taxas mais altas, os consumidores têm menos estímulo para gastar, e isso diminui a demanda por produtos e serviços. Com menos gente querendo comprar, a tendência é que os preços caiam.

Já quando a inflação está baixa demais, o BC pode fazer o contrário. Reduzindo os juros, as famílias tendem a consumir mais, e esse aquecimento da demanda tem o efeito de elevar os preços.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE, é considerado o índice oficial de inflação do país. Este indicador é referência para o Banco Central decidir a Selic e para o governo avaliar se o índice está dentro da meta determinada pelo Conselho Monetária Nacional.

Em 2018, a inflação está bem abaixo da meta do Banco Central. Mas, entre os consumidores, não é consenso de que é possível sentir algum alívio no bolso. Isso acontece porque, há diferentes índices que mostram a variação de preços por faixas de renda, regiões, itens e períodos distintos.