Deixa partir…

Como sofremos e gastamos nossas forças insistindo em coisas e até pessoas que já deveriam ter “saído” de nossas vidas. Quantas vezes, diante do fim de um relacionamento, de um projeto pessoal, de uma realidade que vivemos por muito tempo chega e nós, de forma egoísta e às vezes até dependente, insistimos em querer perdurar o momento. O preço para isso é caro. Anulamo-nos, nos inferiorizamos e vamos aceitando situações de humilhação e indiferença para manter algo que já deveria ter partido. TODA partida é dolorida, todo fim liberta, mas dói.

Antes do fim de algo muitas coisas acabam no caminho. Quando se trata do fim de um relacionamento, o carinho, o respeito, o amor recíproco já foram substituídos por decepções. Nada acaba da noite para o dia… E isso é o que muita gente não entende. Tudo na vida é construído por pequenos gestos de amor diariamente. Quem não sabe amar todo dia, não saberá amar a vida inteira.

Quando percebemos, e com maturidade humana, definimos que algo chegou ao limite e que precisamos terminar, devemos fazê-lo com coragem. Muitos violentam a si mesmos em prol de situações amorfas e mortas há tempos. Deixar partir é também amor. Amor pelo outro e amor próprio. Precisamos aprender que sempre vamos ganhar o que tivermos coragem de perder e perder o que quisermos agarrar.

O fim indica que estamos fechando um capítulo, mas abrindo outro. Uma porta nova para passarmos, um caminho novo para trilharmos, libertando-nos das amarras do convencionalismo, da comodidade e dos apegos emocionais! O amor é como aquela criança que ficou triste de ter perdido a brincadeira mas certamente quererá se aventurar em outras. Não sejamos pássaros engaiolados… E nem queiramos engaiolar os outros!