Uma das coisas que tenho feito quando acontecem os ´breaks´ da tarde, é ir para os novos Cafés da cidade para jogar conversa fora com um amigo. Sempre gostei da ideia de se estar em cafés, vislumbrava-os por achar que eram lugares frequentados por pessoas interessantes como artistas, filosofos, escritores, e que teriam uma atmosfera fertil para boas ideias, de insights que milagrosamente resolvessem nossos problemas…Pura ilusão!
Todo o romantismo estava dentro da minha cabeça, porque quem os frequentadores dos Cafés são pessoas comuns, trabalhadores do Brasil que tiram um tempo para esfriar a cabeça no período da tarde e partem para os cafés a procura de 5 minutos de paz e, claro, uma boa xícara de café.
Acabamos nos tornando degustadores dos Cafés locais, alias, todos ótimos e singulares, neste encontro surgiu o assunto sobre religião peculiar e interessante, entre um espírita e um protestante.
No começo fiquei com um pouco de receio porque assuntos que dizem respeito a moral e a crença são delicados de serem tratados, como diziam os antigos, religião e futebol não devem discutidos. Mas conseguimos conduzir uma boa prosa, cada um expondo suas convicções religiosas. Entendemos que, ao falar sobre tais assuntos, quebramos as verdades absolutas que cultivamos com o tempo, porque temos a tendencia de sempre acreditar em nossas preferências como o padrão verdadeiro e seguro.
Acredito que qualquer pessoa que busca uma religião, antes de mais nada, procura um equilíbrio moral no seu dia a dia. E vamos deixar claro que não existe religião certa, mas sim a que nos faz ser pessoas melhores, e como bom libriano que sou, equilibrio para mim é palavra sagrada.
Já existem hospitais hoje em dia, que acreditam na força da fé como um remédio no tratamento de doenças, e em conjunto com a medicina, comprovam melhoras significativas nos seus pacientes.
Tomar café eu vou, que fé e café, não constumam falhar.