Mulher no Mercado de Trabalho

Recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou um estudo intitulado: Mulher no mercado de trabalho: perguntas e respostas” em que apresenta um panorama da mulher no mercado de trabalho brasileiro.

Entre os principais resultados destaca-se que o rendimento das mulheres continua inferior ao dos homens. Em 2011, elas recebiam, em média, 72,3% do salário masculino, proporção que se mantém inalterada desde 2009. 

Por outro lado, a jornada de trabalho das mulheres é inferior à dos homens. Em 2011, as mulheres trabalharam, em média, 39,2 horas semanais, contra 43,4 horas dos homens, uma diferença de 4,2 horas. Entretanto, 4,8% das que estavam ocupadas em 2011 gostariam de aumentar sua jornada semanal. 

O setor de administração pública foi o que mais empregou mulheres em 2011 (22,6%), seguido do comércio (17,5%), de serviços prestados a empresas (14,9%) e de serviços domésticos (14,5%). Cabe destacar ainda que a mão de obra feminina continua predominante nos serviços domésticos (94,8%) e na administração pública (64,1%). 

O levantamento constatou também que o desnível de inserção entre homens e mulheres foi reduzido em 2011, com as mulheres aumentando sua participação em todas as formas de ocupação. Porém, o maior crescimento de participação feminina foi observado no emprego sem carteira no setor privado (36,5% em 2003 para 40,5% em 2011). 

Além disso, embora 53,7% da população brasileira com 10 anos ou mais (idade ativa) seja constituída por mulheres, em 2011 elas ainda estavam em menor número entre a população ocupada (45,4%). Outra disparidade é que o percentual de mulheres contribuintes da previdência social (69,2%) é inferior ao de homens (72,4%).

Assim, pode-se concluir que no Brasil as mulheres são maioria na população, mas estão em desvantagem no mercado de trabalho.