A Inflação no Brasil em 2011

O Brasil terminou 2011 com uma inflação de 6,5%, a maior desde 2004 (7,6%) e 0,6 ponto percentual acima da de 2010 (5,91%), de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com o resultado, a inflação oficial ficou no teto da meta estabelecida pelo Banco Central para 2011. De 2005 até 2013 o Governo impôs a meta de alcançar uma inflação de 4,5% ao ano, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, o que permite que a taxa varie de 2,5% a 6,5% sem descumprir a meta formalmente.

Apesar da inflação ter aumentado em 2011 com relação a 2010, o país terminou o ano com uma menor pressão sobre os preços. A inflação em dezembro de 2011 foi de 0,5%, abaixo do 0,52% medido em novembro e 0,63% do mesmo mês de 2010.

Quanto aos grupos de despesas, o de alimentos e bebidas, com alta de 7,18%, foi o que exerceu maior impacto no bolso dos brasileiros no ano passado, sendo que o principal responsável por esse aumento foi a alimentação fora de casa, que ficou 10,49% mais cara. Os alimentos consumidos dentro do domicílio subiram 5,43%.

No entanto, o IBGE destaca as despesas pessoais foi o grupo que apresentou o maior aumento em 2011: 8,61%. Já os gastos com vestuário tiveram crescimento de 8,27%, com educação de 8,09% e com transportes de 6,05%. Quanto aos gastos com habitação, houve um aumento de 6,75%, puxados principalmente pela elevação de 11,01% nos preços dos aluguéis, e 8,30% as taxas de água e esgoto.

Os gastos com saúde ficaram 6,32% mais caros, sendo que as mensalidades de planos de saúde cresceram 7,54%, os preços dos serviços de hospitalização e cirurgia 11,63%, dentistas 9,03% e remédios 4,39%.

Para 2012, assim como para 2013, o Banco Central prevê que a inflação brasileira ficará em 4,7%, mas os economistas dos bancos privados projetam uma taxa de 5,32% para este ano.