O Projeto Esperança e Vida (PEVI), de São José do Rio Pardo, está arrecadando dinheiro até 27 de maio (quarta-feira), por meio da internet, para arcar com os custos operacionais da comunidade terapêutica, devido ao isolamento social realizado para evitar a disseminação do novo coronavírus (Covid-19). A campanha é intitulada de ‘Todos Por Todos Colaborando com o PEVI’ e a meta é conseguir R$ 6 mil.
De acordo com a presidente Maria Terezinha Presti, a instituição atualmente possui 18 internos do sexo masculino, de 18 a 59 anos, e precisa de ajuda para pagar contas “de luz, cheque pré-datado de supermercado, conserto da perua e gás”, além de conseguir mantimentos aos participantes, pois são feitas cinco refeições diárias. “Por conta do coronavírus não estamos podendo internar mais ninguém, mas os que estão no PEVI continuam. Então, o dinheiro vai diminuindo, porque quem está terminando o tratamento, sai, e não entram outros para colocarmos no lugar. E os que vinham, de forma particular, de outras cidades, nos ‘ajudavam’ a pagar as contas.”
Ela afirma que o local também não está mais promovendo eventos beneficentes em prol do PEVI, por causa da quarentena, e recebe somente a subvenção da Prefeitura, que “dá para pagar apenas os funcionários e o encargo”. “Não temos nenhuma ajuda do governo. O que temos é somente pela prefeitura, doações e eventos. Além disso, conseguimos um cadastro na Secretaria Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas (SENAPRED) para ver se conseguem nos ajudar. Mas quando ele ficou pronto, a pandemia começou.”
Alimentação
Maria Terezinha também ressalta que a comunidade terapêutica “gasta bastante” com alimentação, pois os internos substituem os entorpecentes e o álcool por comida, e “comem muito” até se recuperarem da dependência química. “Quando estão na drogadição eles não comem: só usam drogas, bebem. Então, um dependente químico recuperado é um bem para ele, à família e à sociedade. Oferecemos café da manhã; almoço; café da tarde; janta e um café à noite, aonde sempre tem um petisco, uma bolacha, rosca e chá.”
Funcionamento
A presidente ainda conta que a instituição está funcionando ‘normalmente’ durante o confinamento social. Porém, não há visitação aos participantes e entram no local apenas os funcionários como psicólogo, monitor, assistente social, que tomam todas as medidas necessárias de higienização para prevenção do vírus. “Até os internos têm máscaras, mas eles ficam somente lá dentro. Então, quando saem, usam os EPIs (Equipamento de Proteção Individual).”
Outras ações
Caso o isolamento social continue após a data para a finalização da arrecadação, o PEVI deverá realizar outras ações para manter as despesas. “Porque senão vai ser difícil. Não tem como eu mandar interno embora e deixar de comprar comida; mandar funcionário parar de trabalhar. Tenho que continuar, e a gente vai continuar”, diz ela.
‘Quarentena do Bem’
Maria Terezinha também revela que a instituição receberá auxílio através da ‘Quarentena do Bem’, que tem o objetivo de arrecadar alimentos para ajudar outras cinco entidades do município. A ação é realizada por dois estabelecimentos comerciais. “Compartilhei com os meus contatos e muitos já levaram os alimentos, mas a distribuição acontecerá no final da arrecadação, (em junho) entre as entidades. Tudo será bem-vindo.”
Doações
Os interessados em contribuir com a campanha ‘Todos Por Todos Colaborando com o PEVI’ devem acessar o site www.patriavoluntaria.org/pt-BR e, na aba de pesquisa, procurar pelo nome da comunidade terapêutica: ‘PEVI’. Os valores para doações são de R$ 30, R$ 50 e R$ 100. Além disso, são utilizados somente cartões de crédito.
Porém, caso a pessoa não tenha, também pode depositar por meio do Banco do Brasil:
Agência: 0066-3
Conta: 7.777-1
CNPJ: 67.998.161/0001-97