Verdade ou Criação?

Já percebeu quantas ilusões nós criamos sobre as pessoas? E sobre nós mesmos?

Recentemente assisti o filme “Uma Mente Brilhante”, que conta a história de um homem que vê pessoas imaginárias e que era considerado louco.

Depois fiquei refletindo sobre isso…

Qual parte do que estamos vivendo é verdade?

Qual parte é criação da nossa mente?

Você sabia que a maioria das situações que ficamos remoendo na nossa cabeça, sofrendo, procurando culpados, não são inéditas? Ou seja, já aconteceram antes situações parecidas em algum lugar na infância ou estão vinculadas ao nosso sistema familiar.

Portanto, nós vivemos a situação atual sob a “lente” do passado, com o olhar julgador de outra época ou com as emoções exageradas e descontroladas de uma criança.

Quando estamos realmente presentes?

Segundo Eric Berne, o “Estado Adulto” é o único que está no aqui e agora. Trata-se de um “Estado do Eu”. Podemos ser considerados adultos em função da idade, mas estarmos identificados com o “Estado Criança”, cheio de emoções exigências e sem limites. Ou ainda no “Estado Pai”, que não tem nada a ver com seu pai e sim com o adulto de referência na infância, que seguia as regras de convivência daquela época. Portanto, está no passado. É aquela voz que diz: “tem que…”, “o certo é…”

Essas vozes estão o tempo todo falando para nós e interagindo com as situações.

Que tal ouvi-las? Perceber que estão aí, e fazem parte.

E quem sabe, aos poucos, poder despertar o “Estado Adulto” que vê a verdade do momento sem julgamentos ou emoções.

A verdade pode doer, pode ter tristeza, raiva, alegria. Como seria sustentar essas emoções no nosso corpo, com nossa estrutura atual?

Talvez a criança daquela época não daria conta, mas hoje eu posso!

Se quiser, veja o filme e talvez fique mais clara esta comparação que fiz. No final, o homem continuava “vendo” as pessoas, mas já não era influenciado por elas.

Que possamos fazer as pazes com estas partes de nós mesmos!

Grande abraço, Laís