Estilos de Decoração #05: MINIMALISTA | Penna Arquitetura e Urbanismo

Estilos de Decoração #05: MINIMALISTA | Penna Arquitetura e Urbanismo

Fonte: https://www.eusemfronteiras.com.br/o-minimalismo-como-estilo-de-vida/

Salve galera, tudo bom com vocês? Hoje eu vim falar sobre o estilo de decoração MINIMALISTA.

“Minimalismo” significa “reduzir ao máximo” ou “remoção do supérfluo”. Ele é considerado um estilo de vida, em que apenas o essencial é priorizado e a qualidade está acima da quantidade. Ou seja, nele você deve se desfazer das coisas em excesso e começar a viver com as coisas que você realmente precisa.

Uma expressão que define bem o que o minimalismo prega é aquela criada pelo arquiteto Ludwig Mies Van Der Rohe: “menos é mais”, já que a ideia é utilizar o mínimo de elementos possíveis, não deixando de lado a funcionalidade.

Esse estilo vem conquistando cada vez mais adeptos pelo mundo, já que, nos dias de hoje, com espaços cada vez menores, devemos evitar o acúmulo de objetos. Dessa forma, a arquitetura e decoração passam a ser reflexo dessa maneira desapegada de levar a vida, com a criação espaços mais limpos, compostos por cores neutras, formas e geometrias simples, que seria o chamado ambiente “clean”.


Fonte: Várias.

As pessoas que optam por esse estilo procuram transformar suas casas em um refúgio para rotina pesada e estressante das cidades, buscando conforto e tranquilidade. Criam-se espaços integrados, com muita luz natural, organizados e sem os exageros do consumismo. Ou seja, não existem objetos apenas decorativos, cada elemento tem uma função e uma razão de estar ali.

Dessa forma, o maior desafio dos arquitetos e designers é deixar os ambientes agradáveis, funcionais e aconchegantes, pois, por ser um espaço com poucos objetos, é preciso ter muito domínio estético para conseguir emocionar os usuários do local. Lembre-se que uma dica para quebrar a ideia de dureza que um lugar todo minimalista pode nos trazer, é criar pontos de descanso bem aconchegantes.

Vamos falar agora um pouco da história do Minimalismo.

ORIGEM DO MINIMALISMO

Não se sabe ao certo o ano em que o movimento minimalista surgiu, porém sabe-se que ele foi influenciado por uma série de movimentos artísticos e culturais, e teve forte presença em Nova York e Londres nos anos 60 e 70. Com o passar do tempo, o movimento acabou crescendo e atingindo o estilo de vida das pessoas, influenciando, assim, a arquitetura e a decoração.

O minimalismo ganhou força logo após à Segunda Guerra Mundial, quando grande parte das pessoas perderam tudo e ter apenas o essencial para sobreviver, tornou-se prioridade. A principal influência veio da cultura japonesa, com formas limpas e cores fundamentais. Além disso, o estilo também teve influência do movimento holandês “De Stijl” (o estilo), além de ter aspectos da cultura escandinava, traços do construtivismo russo e de movimentos artísticos europeus, como o cubismo e o neoplasticismo. Todas essas influências, propunham a contraposição dos estilos utilizados até então, como clássico e romântico, já que propõe o uso apenas do essencial, não priorizando apenas a estética, mas também a funcionalidade.


Fonte: Várias.


CARACTERÍSTICAS DA DECORAÇÃO MINIMALISTA

1. Materiais

A sofisticação do estilo minimalista dispensa texturas e padrões desnecessários, sendo preferível manter o ambiente o mais “despido” possível.

Alguns materiais utilizados são: vidro, inox, cromado, espelho, mármore, granito, ferro, madeira revestida com laca, entre outros. O chão normalmente é bem polido e revestido sem quebra, sendo geralmente feito de: linóleo, madeira clara, cimento queimado ou porcelanato. Quando se trata de revestimentos, a resina, o cimento e o gesso são os que se destacam.


Fonte: Várias.

Os rodapés e rodatetos devem ser planos, assim como as demais superfícies; e as janelas devem ser lisas e sem peitoris. Além disso, as cortinas devem estar preferencialmente ausentes, e o uso de detalhes em vidro e outros materiais transparentes devem ser muito utilizados, com o intuito de aproveitar ao máximo a luz natural.

Os tecidos devem ser de suaves e de extrema qualidade, podendo ser lisos ou estampados com listras e formas geométricas. Deve-se prezar sempre pelo conforto e aconchego, já que, pelo fato de o estilo parecer um pouco mais vazio, os elementos têxteis acabam se tornando um ponto muito importante do ambiente. Pelúcias e peles sintéticas, por exemplo, estão sendo utilizadas para cobrir bancos e cadeiras.


Fonte: Várias.

2. Cores predominantes

O branco, ou outros tons claros como bege e off-white, devem ser a base de todo o ambiente. Além disso, o marrom, o cinza e o preto também estão presentes na paleta de cores desse estilo. Geralmente, as áreas maiores, como pisos, paredes e grandes móveis, possuem cores mais claras, deixando os tons mais escuros para detalhes e acabamentos. Isso traz muita elegância e simplicidade para os ambientes.

Não há necessidade de adicionar cores vibrantes à decoração, já que, segundo as regras minimalistas, elas causam apenas ruído visual. Porém, pode-se utilizar alguns pontos de cor nos objetos, com o intuito de quebrar o tom dramático do local. Mas lembre-se que a ideia é dar enfoque sempre nas tonalidades neutras!

 
 
Fonte: Várias.

3. Iluminação

Esse é o estilo que mais valoriza a luz natural. Quanto mais claro o ambiente, melhor. Por essa razão, grandes vãos são necessários e cores claras, como já foi dito, devem ser predominantes, para favorecer a difusão da luz. Opte por não cobrir janelas ou vidros com móveis ou tecidos muito opacos, já que o ambiente deve ser fresco e arejado. Portanto, caso você queira colocar uma cortina ou persiana na sua janela, escolha tecidos finos e transparentes.

Quanto à iluminação artificial, as luminárias devem ser localizadas em pontos estratégicos, para que o local se mantenha sempre bem iluminado. Elas devem ter design arrojado e sem contornos rebuscados, feitas de materiais como cobre, metal ou madeira. Evite pendentes e lustres muito chamativos, assim como abajures, já que eles acabam ocupando espaços e chamando a atenção do observador, ponto que é desaprovado pelo minimalismo.  Acerte utilizando iluminações com focos embutidos, cuja intensidade possa ser facilmente regulada. Além disso, é interessante o uso de lâmpadas de LED, preferencialmente brancas.


Fonte: Várias.

4. Mobiliário e objetos de decoração

Já que nesse estilo a ideia é livrar-se do excesso e viver apenas com o necessário, a decoração acaba sendo composta por poucos objetos e móveis de boa qualidade, simples e funcionais. O que for apenas item de decoração, deve ser filtrado e escolhido pontualmente. Alguns livros, jarras, vasos de plantas, e quadros ou pôsteres com cores neutras e molduras marcantes, são boas pedidas. Porém lembre-se de sempre ter cuidado para não geral poluição visual no ambiente.

Apesar do mobiliário presente ser básico, deve-se encontrar o equilíbrio perfeito entre simplicidade e glamour. Os móveis devem apresentar design sofisticado, o que irá trazer elegância para o ambiente. Eles devem ser escolhidos de acordo com a sua função, sendo colocados em pontos estratégicos, não obstruindo o espaço livre da casa.

Pelo fato de não existirem muitos elementos decorativos nos ambientes minimalistas, os eletrodomésticos e equipamentos eletrônicos acabam ficando em destaque. Além disso, opta-se por armários retos e neutros, cadeiras simples e confortáveis, além dos móveis no estilo “clean”, em que geralmente as portas, armários e gavetas nem sequer possuem puxadores.

 Deve-se evitar o uso de prateleiras abertas, ou, se elas existirem, é ideal que tenham poucos objetos. Caso você não queira se desfazer de algum objeto, por ter um valor sentimental, escolha guardá-lo dentro dos armários. Assim, os elementos não ficam à mostra e o ambiente fica livre de excessos, organizado e harmônico.


Fonte: Várias.

Minimalismo X Escandinavo

Eu já falei em outro texto sobre o estilo de decoração Escandinavo e, pode ser que você o confunda com o minimalista. Portanto, vou falar algumas diferenças entre esses dois estilos.

Ambos têm como semelhança a predominância de cores neutras, mas as principais diferenças ficam por conta dos materiais utilizados. Enquanto o design Minimalista utiliza-se de materiais referentes ao design industrial, como aço inox ou cromado, o Escandinavo usa materiais vindos da natureza, como a madeira, pedras e fibras naturais, por exemplo. Além disso, o Minimalismo faz muito o uso do preto e branco, enquanto o Escandinavo utiliza cores mais neutras, geralmente com uma mesma cor em diferentes tons.

Mas vale lembrar que um ambiente pode ter elementos tanto escandinavos quanto minimalistas, tudo vai depender se você quer ter um ambiente mais industrial e urbano, ou mais natural e monocromático.


Fonte: Várias.

E aí? O que achou desse estilo? Gostou? Caso você queira utilizá-lo na sua casa terá que desapegar de muitos objetos, deixando apenas o necessário para o seu dia-a-dia. Lembre-se que a organização e a funcionalidade são os principais fundamentos do minimalismo. Tudo deve ter a sua função e lugar, permanecendo nele quando não estiver sendo utilizado!

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