Os efeitos colaterais da tragédia de Brumadinho

Recentemente, temos acompanhado, através dos noticiários, o resgate dos mortos na tragédia de Brumadinho, onde podemos ver vários bombeiros se arrastando para se locomover, em meio ao lamaçal para a busca dos corpos. Perto de completar um mês da tragédia, o Governo de Minas Gerais divulgou no dia vinte de fevereiro que pelo menos quatro bombeiros apresentaram níveis altos de metais pesados no corpo. Foi observado, através de exames de sangue e urina, níveis acima do normal de alumínio, mas que, depois de cessadas as buscas, estes níveis voltaram ao normal.

Embora estes níveis não podem ser considerados uma intoxicação aguda, a exposição ou até mesmo a inalação do alumínio podem ocasionar alguns efeitos nocivos a saúde. Dentre as consequências previstas, estão alterações crônicas de problemas intestinais, como a síndrome do intestino irritável ou agravamento de hemorroidas, inchaço abdominal e má digestão, problemas de pele, dores nas articulações e musculaturas, queda de cabelo, perda de peso, cansaço, além da presença de altos níveis de alumínio no organismo demonstrar causar efeitos neurotóxicos, afetar os ossos e, possivelmente, desregular o sistema reprodutor.

Outro grande agravante é que diversos estudos realizados já apontaram que pacientes que sofrem de Alzheimer têm volumes anormais de alumínio no tecido cerebral. Outros estudos, ainda, não demonstram nenhuma correlação entre o mal de Alzheimer e a ingestão de alumínio. Tais teorias têm causado grandes discussões e são muitas as opiniões a respeito.