Os pais são apenas pais e não se tornam perfeitos ao se tornarem pais.
Fomos estimulados a disfarçar nossas fraquezas e a assumir o papel de pais infalíveis, superpais, capazes de tudo.
Entretanto, essa postura é falsa, não leva a coisa alguma. Não se pode permitir que estruturas sociais ou econômicas explorem a família. Os pais são humanos, são apenas pais. Não são super-heróis nem se tornam perfeitos ao se tornarem pais. Continuam a ser filhos, errando e aprendendo pela vida afora.
Devem assumir tranquilamente suas limitações, suas fraquezas, conscientes da experiência, da vivência, do amor por seus filhos, que os torna insubstituíveis na vida deles e na comunidade a que pertencem.
Se até agora fizeram papel de super-heróis, os pais devem abandonar esse disfarce, parar de representar ou tentar ser o que não são. Que sejam eles mesmos, aplicando-se em dar o melhor que são ou do que têm, criando novas chances para si e para os seus.
Devem usar a criatividade e imaginação aliadas a um sentimento de alegria reconfortante. Lembrarem-se de como foram seus pais, tentar vê-los apenas como gente, perdoando-os e amando-os, apesar dos pesares.
Colocar-se também no lugar do filho antes de julgá-los. É uma boa técnica.
Ter sempre juízes no lugar de pais ou companheiros dificulta muito a reorganização da família. Criem pontos de identidade e de lazer com seu grupo familiar, liberando os canais de comunicação para o diálogo profundo e autêntico.
Fonte: O Que é o Amor Exigente (Mara Silvia Carvalho Menezes)