A importância do Serviço em N/A parte 1

Nós, neuróticos em recuperação, sabemos que a neurose é uma doença de efeitos desastrosos. O pior efeito é, sem dúvida, o isolamento a que nos impôs. Nós não soubemos
manter relacionamentos pessoais afetuosos, porque fomos presas fáceis da mente egocêntrica. Vivemos excessivamente preocupados conosco e não percebemos as necessidades de nossos irmãos. Desta forma, deixamos de aprender a amar os nossos semelhantes e aqui reside a causa de nossa doença. Ao aplicarmos os princípios espirituais
contidos no Programa dos Passos e Tradições de N/A – com sinceridade, honestidade e boa vontade – despertamos para o fato de que sentir amor pelas pessoas e auxiliá-las no crescimento espiritual, segundo a vontade de Deus, é o propósito da vida. É o que dá sentido à nossa existência. Muitos de nós perguntaremos: “O que é o Amor? O que é, enfim, sentir amor pelas pessoas?”

Amor é tudo aquilo que fica de um relacionamento, depois que retiramos o egoísmo. É a Essência Divina em ação. Sentir amor, portanto, é mais do que um sentimento. É uma
opção consciente, livre e decisiva pela pessoa, não tendo outra razão para Grover afirmar ser, o amor, compromisso. E, comprometer-se, com algo ou alguém, é assumir responsabilidade, o que, por vezes, pode amedrontar-nos e nos impedir de amar. Grover afirma que o Amor não pode ser criado por um ato da nossa vontade ou pela nossa mente
egocêntrica. Isto representa dizer que jamais amaremos alguém somente porque queremos amá-lo. A nossa mente não tem esse poder. Nós só conseguiremos amar, quando passarmos por uma experiência de Amor, ou seja: quando colocarmos nossa vontade a serviço do outro. Um dos princípios espirituais do Programa de N/A é o da boa vontade.
Ele é um bom caminho para alcançarmos uma experiência de amor. Ter boa vontade não é o mesmo que ter força de vontade. Boa vontade é um movimento contrário à nossa vontade egocêntrica. É fazer aquilo que não desejamos, mas que sabemos que quando o fazemos, obtemos um resultado positivo para o crescimento espiritual do outro, como também para o nosso. Não é à toa que o lema “Só por hoje” nos sugere fazer, apenas como exercício, pelo menos duas coisas que não tenhamos vontade de fazer.

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