Bate Bola – Outubro 2018

Tamanha minha preocupação com o futuro do Brasil, pela primeira vez nesta coluna escrevo sobre esporte e política. Há estreita e histórica relação: os assuntos estão intimamente ligados. Contudo, esta relação não é tão direta como na ditadura, pois hoje temos mais
acesso à informação e vivemos num regime democrático. Em branco eu não voto. Nem
anulo. Afinal, lutamos tanto contra a ditadura militar e pela volta do voto e da democracia! O “duro” está na escolha entre os menos piores…

Na época da ditadura, muitos jogadores foram publicamente contra o regime militar. Hoje, poucos atletas manifestam-se, alguns “ex” concorrem a cargos…

Falar que esporte e política não se misturam já é uma postura política.

A definição de política tem total relação do indivíduo com o meio que o cerca: interagir com pessoas e a sociedade já é uma atitude política.

O futebol, por exemplo, serve – em última instância – para promover a paz e o lazer. Futebol e política não apenas se discutem, como também se cruzam: sempre andaram de mãos dadas. É uma relação tensa e cheia de contrariedades, mas que persiste ao longo
da história. O que não pode haver (e ainda há, nas esferas internacionais, nacionais e locais) é a politicagem no meio do esporte!

“Não se deve fazer piquenique na beira da boca de vulcão”. Esta frase é de Ulisses Guimarães, o “senhor das Diretas” e o “pai” da Constituição cidadã, que, com todas
as incongruências, às vezes dá suporte e livra da cadeia corruptos de toda a espécie. Temos que pensar bem em quem votar, pois nosso futuro pode estar em jogo…

E, lembre-se do provérbio: “em casa que falta pão, todos gritam e ninguém tem razão”. Vote consciente!