A contaminação por chumbo

O chumbo foi e continua sendo muito utilizado em diversos aparelhos, equipamentos ou em processos industriais. A palavra vem do latim Plumbum e, devido a esta terminação, sua sigla na tabela periódica é Pb. Embora ele seja encontrado na crosta terrestre na sua forma sólida, em alguns processos industriais pode se tornar também um poluente atmosférico, causando vários problemas à natureza e à saúde das pessoas.
Segundo dados da Universidade Federal da Bahia, a cidade mais poluída por chumbo está no Brasil é Santo Amaro da Purificação, situada ao sul do recôncavo baiano, cerca de 73 Km distante da capital Salvador.
Durante cerca de três décadas, o município despejou 490 rejeitos contaminados por metais perigosos, como cádmios, mercúrio e chumbo.
O grande responsável pelo despejo foi a COBRAC (Companhia Brasileira de Chumbo), que encerrou suas atividades em 1994 e que, após 17 anos, nenhuma medida foi tomada para a recuperação das áreas degradadas.
A contaminação dá-se via inalação ou ingestão da poeira, o que poderá acarretar, em adultos, uma doença chamada de saturnismo, ou seja, fadiga, distúrbios de sono, dificuldade de concentração, impotência e afinamento de braços e pernas.
Em quadros crônicos, pode chegar a provocar retardo mental.
Já em mulheres grávidas, caso ocorra a exposição gradativa ao chumbo acima dos limites toleráveis, poderá acarretar vários problemas de saúde ao feto, como deformidades sérias, físicas e cognitivas. Em crianças, o chumbo poderá ocasionar a redução da absorção do cálcio e ferro do corpo, podendo, assim, ocasionar sérios problemas no desenvolvimento físico e mental.
Devido ao chumbo ser persistente no organismo, caso ocorra exposição grave ou aguda poderá também afetar toda a capacidade neurológica.