O mar, a grande lixeira do planeta

Cada vez mais vemos estampadas, nos jornais ou em outros meios de comunicação, notícias a respeitos do lixo que está sendo encontrado nos oceanos em todo o planeta. O que se tem observado é que cada vez mais baleias doentes estão encalhando nas praias em vários pontos ao redor do mundo, onde o principal fator que está deixando estas baleias doentes é o plástico que elas ingerem e se deposita no estômago ou no intestino. Recentemente, uma baleia-piloto foi achada encalhada em uma praia ao sudeste da Tailândia: embora fosse socorrida, ela não resistiu e morreu ao vomitar cinco sacolas plásticas. Mas o que mais alarmou foi que, após a autópsia da baleia, onde foram encontrados 80 sacos plásticos em seu estômago, aproximadamente 8 quilos de plásticos. Outro dado alarmante é que cerca de 8 milhões de toneladas de lixo são despejados anualmente nos oceanos, cerca de um caminhão a cada minuto, destruindo cada vez mais a vida marinha.

Embora o plástico seja visível a olho nu, na grande maioria das vezes, um outro grande vilão (menos visível) vem tomando conta dos oceanos e mares em todo o planeta. Tratam-se dos microplásticos, que muitas vezes surgem da deterioração de pedaços de plásticos maiores, que não se decompõem, formando partículas minúsculas podendo variar de 1 mm a, no máximo, 5 mm. Embora, atualmente, os cientistas não saibam quais toxinas químicas são emitidas pelos microplásticos para o ambiente externo, sabe-se que os seres humanos absorvem uma certa quantidade através da alimentação de peixes e crustáceos. Já nos animais marinhos podem ser observadas diversas alterações, como crescimento e locomoção mais lentos, chances reduzidas na reprodução, aumento de tendência a inflamações e aumento da mortandade.