Bate Bola Agosto de 2018.

Opinar após a eliminação do Brasil na Copa é mais fácil. Mas, na última edição, finalizei esta coluna em 25/06 (nem na metade do Mundial), afirmando: “a Argentina correndo riscos de eliminação na 1ª fase, Alemanha lutando pela classificação e o Brasil ainda travado e assustado após os 2 jogos iniciais na Copa”. E nossa Seleção foi eliminada: travada e assustada.

Tentar explicar o fracasso num Mundial é pior (ou igual?) que justificar batom na cueca. Um colega disse que faltou sorte: ora, futebol não depende apenas de sorte. Foi uma Copa com quase metade dos gols oriundos de jogadas de bola parada, inclusive de cobranças de laterais. Faltou treinamento e competência à nossa Seleção!

Passado o baque da eliminação, o pensamento agora é um novo ciclo visando Catar 2022. Com Tite ou sem ele, a Seleção tem que passar por grande reformulação. Temos bons jogadores e, dos que foram convocados para a Copa da Rússia, entendo que apenas Marquinhos, Casemiro, Fhilippe Coutinho e Neymar devem continuar na Seleção.

E centroavante na área é como um tubarão no mar: tem que ter faro. “Centravante”, como diz aqui no interior, é marcador de gol e não marcador tático, como foi Gabriel Jesus. Faltou à Seleção um Ronaldo, um Romário, ou seja, um “fazedor” de gols. Em que pese o camisa 9 da seleção campeã, francês Giroud, não balançou as redes uma vez sequer.

Neymar deixou a desejar na Copa. Pode até não ter jogado tão mal, mas as insistentes encenações fizeram com que o craque do PSG virasse chacota mundial. Tem jornalista que até dedicou a “chuteira de lata” ao craque brasileiro…

Mas, enfim, o planeta se deslumbrou com a esplêndida Copa do Mundo, que teve a estreia do VAR, que veio para ficar visando minimizar os erros de arbitragem. Mas as polêmicas continuam, felizmente: isto é bom para a essência do futebol!

Tivemos alguns “jogões”, outros, nem tanto. Fracassaram seleções tradicionais, além das ausências de Itália e Holanda. E no epílogo deste Mundial da Rússia tudo se encaminhou para a França – com méritos –conquistar o título contra a surpreendente Croácia.