BRIEFING e PROGRAMA DE NECESSIDADES | Penna Arquitetura e Urbanismo

Salve galera, tudo bom com vocês? BRIEFING e PROGRAMA DE NECESSIDADES, são termos utilizados no processo de coleta informações do cliente, com o objetivo de alcançar o maior número de dados possíveis, para o desenvolvimento de um projeto. A obtenção de um resultado favorável às expectativas do cliente depende de um Briefing bem elaborado. Além disso, temos que desenvolver o Programa de Necessidades, juntamente com o cliente, de maneira colaborativa. Mas o que significa cada um desses elementos?

  1. BRIEFING

De uma forma em geral, é uma coleta de dados feita com o objetivo de captar informações e instruções para uma tarefa que será executada. No caso dos Arquitetos e Designers, chamamos de BRIEFING aquela reunião inicial que você faz com o cliente, ou seja, nada mais é que uma conversa franca entre arquiteto e cliente.

Essa é uma das etapas mais decisivas para a contratação e o bom andamento de um projeto. O cliente irá expor suas necessidades, seus desejos e informações necessárias para a elaboração de uma proposta. É importante lembrar que cada cliente é único e apresentam desejos diferentes. Dessa forma, o Arquiteto deve, através de um questionário, registrar as demandas do cliente, encontrando respostas para questões gerais como, número de usuários, disponibilidade financeira, hobbies, rotina e atividades diárias, gostos e preferências, sonhos e desejos, entre outros dados que possibilitem traçar o perfil do cliente.

Um Briefing feito corretamente é o primeiro passo para o sucesso de um projeto. Ele auxilia o perfeito desenvolvimento do projeto, além de diminuir significativamente o retrabalho. Em contrapartida, caso seu Briefing seja elaborado de forma incompleta, o projeto provavelmente não irá atender às necessidades do cliente e ele ficará insatisfeito, além de, certamente, resultar em perda de tempo e dinheiro.

Não existe um modelo padrão, com regras rígidas, a serem seguidas na hora de elaborar o Briefing, já que isso é algo pessoal de cada profissional. Porém existem alguns pontos muito importantes a serem discutidos, como:

  • DADOS SOBRE O TERRENO: visitar pessoalmente o terreno e registrar informações sobre clima, localização, topografia, vegetação, características do entorno e dimensões;
  • PROGRAMA: os usos de cada ambiente e dimensões estimadas (será melhor explicado a seguir);
  • DESEMPENHO: exigências, tanto do cliente quanto de órgãos regulamentadores (para conforto térmico e acústico, sustentabilidade e performance);
  • PREFERÊNCIA DO CLIENTE: estilos de arquitetura preferidos, gostos e hábitos pessoais, expectativas, perspectivas;
  • PRAZOS: datas para entrega do projeto, início e finalização da obra;
  • ORÇAMENTO: quanto o cliente pode ou deseja gastar a obra.

Além disso, as perguntas feitas pelo Arquiteto dependem do tipo de projeto a ser realizado, por exemplo:

  • UMA CASA: para o projeto de uma casa é importante que o arquiteto converse com toda a família e entenda as suas necessidades, seus gostos e como é o dia a dia de cada um. As respostas servem de base para o planejamento arquitetônico.
  • UM ESCRITÓRIO: é interessante entender como ele funciona, a partir do ponto de vista de diferentes pessoas, tanto do gerente e do diretor, quanto de diferentes colaboradores.

O Briefing já faz parte do Estudo Preliminar (primeira etapa de um projeto), assim como a criação do Programa de Necessidades.

  1. PROGRAMA DE NECESSIDADES

Após definição do perfil do cliente (realizado durante o Briefing), é feito o Programa de Necessidades. Este define quais são os ambientes que irão compor a edificação. Ele seria uma forma de representação mais técnica do que já foi definido na entrevista. É feito em forma de tabela e indicará o cômodo, a descrição dos ambientes e a metragem quadrada unitária e total.

Quando perguntamos ao cliente o que ele deseja na sua casa, geralmente as respostas iniciais são: minha casa deve ter quartos, banheiros, sala, lavanderia, cozinha, garagem, etc. Ou seja, ambientes que comuns em uma casa. Porém, quando se trata de um Programa de Necessidades, é preciso ir além dos ambientes e entender efetivamente como o cliente se apropria dos cômodos, ou seja, o que ele faz em cada um destes locais específicos.

Antes de se iniciar a concepção do layout, que é a distribuição do mobiliário, é preciso que fique muito claro como o cliente imagina o projeto e quais as principais atividades que serão realizadas em cada local. Isso fará com que o projeto ganhe real qualidade funcional para este cliente, gerando maior satisfação com o projeto, pois o valor percebido em se ter um produto personalizado é muito superior.

Resumindo, o Briefing é aquela primeira reunião entre o cliente e o profissional, em que são discutidos os desejos e necessidades. O Programa de Necessidades é uma tabela, feita após a realização Briefing, que contém os espaços que serão construídos na edificação, bem como suas especificações e dimensões.

Por melhor que seja o Arquiteto ou Designer, nenhum deles consegue ler mentes. Dessa forma, para entender os gostos dos clientes, uma boa conversa é sempre o melhor caminho!

Gostou deste texto? Ainda tem alguma dúvida sobre o assunto? Escreva para mim nos comentários. Muito obrigada e até a próxima!

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