Vamos falar sobre a técnica queridinha do momento microagulhamento

Vocês com certeza já ouviram falar sobre o microagulhamento. A técnica queridinha do momento, popular entre as famosas, está em alta e sim, merece essa posição!

O microagulhamento é conhecido tecnicamente por indução percutânea de colágeno. É uma técnica que utiliza um roler com aproximadamente 540 microagulhas e seus tamanhos podem variar entre 0.20 até 3 milímetros. Estas se inserem na pele ajudando na produção de colágeno sem que provoque a desepitelização total da pele, diferente de ácidos.

Quando a agulha é penetrada na pele, causa uma micro lesão controlada, que passa por várias fases até, finalmente, a formação do colágeno.

Logo após a primeira passada do roler sobre a pele integra, acontece a perda da integridade da barreira cutânea sendo o alvo a dissociação dos queratinócitos que resulta na liberação de citocinas, entre elas a interleucina -1ª que predomina, resultando em vasodilatação dérmica e a migração de queratinócitos para o reestabelecimento do dano na epiderme. Iniciando, em seguida, o processo de cicatrização que divide-se em três partes; a primeira a injúria que é a liberação de plaquetas e neutrófilos que são responsáveis pela liberação de fatores de crescimento Na segunda fase da cicatrização, quando os neutrófilos são substituídos por monócitos, e ocorrem angiogênese, epitelização e proliferação de fibroblastos, seguidas da produção de colágeno tipo III, elastina, proteoglinas e glicosaminoglicanos. No mesmo momento, o fator de crescimento dos fibroblastos, o TGF-a o TGF-ß são secretados pelos monócitos. Cinco dias após o procedimento, aproximadamente, a matriz de fibronectina está formada, possibilitando o depósito de colágeno logo abaixo da camada basal da epiderme. Na terceira fase, a maturação, o colágeno tipo III começa a ser substituído por colágeno tipo I que é um colágeno com mais qualidade (LIMA, LIMA e TAKANO, 2013).

Indicações

O microagulhamento é indicado para pessoas com flacidez tissular, rugas, cicatrizes atróficas, cicatrizes de acne, estrias, linhas de expressão e pode ser utilizado em todos os fototipos.

Dicas de finalização

Finalizar com produto específico para o tipo de tratamento realizado, como por exemplo, ácido hialurônico e Vitamina C. É importante lembrar que no momento em que se termina o quadrante deve-se passar imediatamente o produto, pois as plaquetas do sangue podem fechar imediatamente estas microperfurações e o ativo não vai permear na pele, vale lembrar também que após o procedimento não pode-se usar nenhum tipo de calmantes, protetor solar, maquiagens. Deve-se utilizar produtos que não precise remover, e adequados para passar após esse tipo de procedimento, pois depois de aplicado, o produto não poderá ser retirado completamente. O protetor solar pode ser utilizado somente após 24 horas.

O roler pode ser usado sem cosmético algum, pois mesmo sem, ainda traz ótimos efeitos. A pele pode apresentar sangramento, hiperemia e inchaço.

*O roler precisa ser, necessariamente, registrado pela Anvisa (Agencia Nacional de Vigilância à Saúde). A mesma proíbe o uso do roler mais de uma vez, mesmo que seja o mesmo paciente pois as agulhas não podem ser esterilizadas.

Contra Indicações

Esta técnica está contra indicada nos casos de cicatrizes com quelóide, doença vascular, distúrbio hemorrágico, diabetes, uso de anticoagulantes, câncer de pele, alergia ao metal, ceratose solar, verrugas, infecção cutânea, pele sensível, gravidez, acne, herpes ativa, rosácea ativa, pele queimada do sol, uso de Roacutan inferior a 6 meses (a pele está fina e reativa).

Os resultados demoram a aparecer e deve ser feito algumas sessões para obter o resultado esperado. O ideal é realizar uma sessão por mês, lembrando que o sol pode ser um inimigo no tratamento. O inverno é a melhor época para cuidar do rosto.