CORES na Arquitetura e Decoração (Parte 1) | Penna Arquitetura e Urbanismo

Salve galera, tudo bom com vocês? Como estamos nesse clima de final de ano e muito se é discutido a respeito das cores e seus significados, achei que seria interessante falar um pouco sobre a psicologia das cores e sua aplicação na Arquitetura e Decoração.

Este tema será dividido em 2 partes, para que o texto não fiquei muito extenso. Nessa primeira parte, irei falar sobre o Círculo Monocromático, a Harmonização das cores e sobre as Cores Quentes e Frias. Na próxima parte, irei falar sobre a Psicologia das Cores e os Efeitos Visuais criados em cada ambiente.

Elas não são apenas elementos decorativos, são, sobretudo, elementos arquitetônicos. A correta utilização delas é um importante aliado para o equilíbrio dos ambientes e para aqueles que os habitam. Quando bem escolhidas, podem gerar bem-estar, elevar a autoestima e reduzir o stress. Isso porque existem estudos que comprovam a influência direta das cores no psicológico dos seres humanos.

Quando escolhemos uma cor para elaborarmos nossos projetos devemos ter em mente que estamos lidando com um elemento de estímulo imediato, e que essa cor escolhida provocará diversas reações em seus observadores. Portanto, mais do que o papel estético, elas também são importantes para a harmonia dos ambientes. Se definidas corretamente, elas podem representar um componente dos mais importantes para a construção de ambientes bonitos, eficientes, saudáveis e confortáveis.

Como a arquitetura é uma arte visual, é extremamente importante que arquitetos ou designers saibam utilizar corretamente a psicologia das cores.

  1. O CÍRCULO MONOCROMÁTICO

Uma ferramenta importante para o uso das cores na arquitetura é a roda das cores ou círculo cromático. Ele foi representado pela primeira vez em 1666 por Isaac Newton e Se trata de uma representação simplificada das cores percebidas pelo olho humano, geralmente divididas em 12 “fatias” – com as três cores primárias (azul, vermelho e amarelo), as três secundárias (mistura das cores primárias – laranja, verde e violeta) e as seis terciárias (mistura das cores primárias com as secundárias).

Além das cores acima, que compõem o círculo cromático, temos as cores neutras, que são: preto, marrom, bege, creme, cinza e branco. Elas são cores extremamente versáteis, combinam com praticamente todas as outras cores da roda e são um excelente ponto de partida para formar a base de um ambiente. Com as cores neutras, é fácil aquecer a divisão com tons mais quentes ou refrescá-la com tons mais frios.

  1. HARMONIZAÇÃO DAS CORES

Ao conceber um projeto, é preciso levar em consideração o efeito que as cores podem proporcionar de forma positiva ou negativa. As cores influenciam na estética, no conforto, na iluminação a apresenta diversas variáveis subjetivas e psicológicas para o bem-estar do usuário. Saber de forma sucinta como harmonizá-las da melhor maneira é o primeiro passo para bem utilizá-las na hora da prática. Existem vários tipos de combinações:

Complementares: são as cores de lados opostos na roda, como vermelho e verde, azul e laranja, etc. Normalmente uma cor atua como o tom dominante e a outra como um atenuante. Essas combinações de cores são extremamente contrastantes, o que significa que é melhor utilizá-las em pequenas doses e quando você quiser chamar a atenção para um elemento particular do design de seu interior. É importante utilizá-las com muitas cores neutras, pois é necessário que seu olho tenha espaço para descansar.

Análogas:  aparecem em sequência no círculo cromático. Usadas juntas (duas ou três cores), formam um conjunto harmonioso, porém sem contraste, pois todas têm uma cor em comum. O segredo para usar bem esse esquema de cores é a proporção. Você escolhe uma cor para ser a dominante, uma outra cor que complemente essa escolha e uma terceira mais vibrante.

 

Triangulação (ou harmonia de 60°): são as cores que formam a figura de um triângulo no círculo. Escolhe-se uma cor, pulam-se três, e acrescenta-se a próxima na combinação.

 

Meio-complementares: basta eleger três cores da roda, como o verde e sua complementar, o vermelho. No entanto, no lugar da cor complementar, opta-se por duas harmoniosas, ou seja, uma de cada lado do vermelho.

 

Vale ainda combinar cores que formam um retângulo ou quadrado. 

 

Pode-se também optar pela monocromia, utilizando apenas uma cor, normalmente em vários tons, com intensidades variadas.

  1. CORES QUENTES E FRIAS

Além disso, há duas classificações que podem nos ajudar a escolher a cor mais adequada na hora de construir ou reformar: cores quentes e cores frias.

Vermelhos, laranjas e amarelos são consideradas as cores quentes. Elas são mais vibrantes e parecem trazer uma sensação de vivacidade e intimidade para o espaço. Passam uma sensação de aconchego, alegria e força.

Em contraste, roxos, azuis e verdes são as cores frias. Elas podem ser usadas para acalmar uma sala e trazer uma sensação relaxante. Podem representar frescor, descanso e paz.

Ao escolher a temperatura de cor para um espaço, você também deve considerar seu tamanho. Uma cor quente em um quarto muito pequeno poderia tornar as coisas um pouco claustrofóbicas. No entanto, usar cores frias em um quarto espaçoso poderia deixar as coisas meio vazias, com aquele sentimento que falta alguma coisa.

Enfim, por enquanto é isso! Caso você tenha alguma dúvida, escreva para mim nos comentários. Muito obrigada e até a próxima!