Em certos momentos é preciso fechar os olhos e entrar em sintonia com o que nos cerca, realmente, como diria Antoine Saint-Exupéry: ‘’o essencial, é invisível aos olhos’’.
Nunca tinha acampado e não poderia ter começado em melhor lugar, vi maravilhas ao passar seis dias dentro do Parque Nacional das Sequoias no sul da Califórnia.
A começar pelo singular aroma dos milhares de pinheiros, espécies diferentes em cor, forma e fruto.
O silêncio absoluto era quebrado somente pelo som do vento balançando as pontas dos altos pinheiros, como uma chuva de vento.
Depois de me remexer a noite toda dentro do saco de dormir, me sentindo como um faraó na tumba, acordar com o raiar do dia era a melhor opção.
Super cafés da manhã, que mais pareciam almoço, eram o suficiente para estar pronto para a aventura do dia: Pescaria e banho no lago, jogos e brincadeiras, muitas risadas e, se o lago não estiver para peixe, tudo bem, petisco é que não falta!
Percorrendo o canyon, em menor altitude, o Kings River proporciona uma paisagem cinematográfica, corredeiras de águas verdes cristalinas, cachoeiras e lagoas naturais, onde sentimos a presença de pequenos bichos e aves silvestres.
Senti o frio cair lentamente entre os pinheiros e assisti o céu, em tons de anil, se abrir em uma cortina de estrelas no cair da noite. No breu e no silêncio total, por sorte os ursos não compareceram.
Lampião, fogueira, marshmallow quente com bolachinha e chocolate (os famosos smore’s) para espantar o medo do nada. Isso mesmo, o nada dá medo!
Em meio a esta exuberante natureza ainda andei nas trilhas das sequoias gigantes. Árvores milenares consideradas as maiores do planeta em altura e volume, com enormes e profundas raízes desenvolveram a capacidade de resistir ao fogo das queimadas, comuns nesta árida região.
São a principal atração do parque e, a razão desta inesquecível aventura.
