14 de junho: Dia mundial do doador de sangue. Tire suas dúvidas sobre a doação

Fonte: Blog da Saúde (www.blog.saude.gov.br). Reportagem Gabriela Rocha

O sangue ainda não pode ser produzido artificialmente. Por isso, é preciso contar com a solidariedade da população para manter os estoques cheios e a qualidade adequada para doações e tratamento de doenças. Diversos pacientes necessitam de doação de sangue, desde pessoas submetidas a cirurgias cardíacas, transplantes de rins, de fígado e de medula óssea até quem se submete à quimioterapia, por exemplo.

O sangue coletado durante uma doação é denominado de sangue total e é submetido a um processo de centrifugação, que separa seus principais componentes para uso terapêutico: hemácias, plaquetas e plasma. Cada um destes componentes é utilizado para tratamentos específicos. A Lei 10.205 de 21 de março de 2001 impede que o sangue e quaisquer de seus componentes e derivados sejam comercializados. Por isso, não há a possibilidade de compra e venda de plasma ou remuneração direta ou indireta aos doadores de sangue.

Há critérios que permitem ou que impedem uma doação de sangue. Eles são determinados por normas técnicas do Ministério da Saúde, e visam à proteção ao doador e a segurança de quem vai receber o sangue.

Doar sangue é um ato que envolve muita responsabilidade. Principalmente por causa da janela imunológica, que é o período entre a contaminação da pessoa por um determinado agente infeccioso (HIV, hepatite) e a sua detecção nos exames laboratoriais. No período da janela imunológica, os exames são negativos, mas mesmo assim o sangue doado é capaz de transmitir o agente infeccioso aos pacientes que o receberem. A sinceridade ao responder as perguntas do questionário que antecede a doação é importante para evitar a transmissão de doenças aos pacientes.

O Blog da Saúde separou todos os pontos que você precisa saber antes de doar sangue.

O doador precisa:
– portar documento oficial de identidade com foto (identidade, carteira de trabalho, certificado de reservista, carteira do conselho profissional ou carteira nacional de habilitação);
– estar bem de saúde;
– ter entre 16 (dos 16 até 18 anos incompletos, apenas com consentimento formal dos responsáveis) e 69 anos, 11 meses e 29 dias;
– pesar mais de 50 Kg;
– não estar em jejum;
– evitar apenas alimentos gordurosos nas três horas que antecedem a doação.

Não pode doar temporariamente:
– quem está com Febre
– com gripe ou resfriado
– grávida
– fazendo uso de alguns medicamentos
– pessoas que adotaram comportamento de risco para doenças sexualmente transmissíveis
– ingeriu de bebida alcoólica no dia da doação

Cirurgias e prazos de impedimentos:
– pós-parto: parto normal, 90 dias; cesariana, 180 dias
– tatuagem: 1 ano
– extração dentária: 72 horas
– apendicite, hérnia, amigdalectomia, varizes: três meses
– colecistectomia, histerectomia, nefrectomia, redução de fraturas, politraumatismos sem sequelas graves, tireoidectomia, colectomia: 6 meses
– transfusão de sangue: 1 ano
– vacinação: o tempo de impedimento varia de acordo com o tipo de vacina

Não pode doar:
– quem teve hepatite após os 10 anos de idade
– quem apresenta evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: hepatites B e C, Aids (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doença de Chagas
– faz uso de drogas ilícitas injetáveis
– já teve ou tem malária

Cuidados pós-doação:
– evitar esforços físicos exagerados por pelo menos 12 horas
– aumentar a ingestão de líquidos
– não fumar por cerca de 2 horas
– evitar bebidas alcóolicas por 12 horas
– manter o curativo no local da punção por pelo menos de quatro horas
– não dirigir veículos de grande porte, trabalhar em andaimes, praticar paraquedismo ou mergulho

Intervalos para doação:
– Homens: 60 dias (até 4 doações por ano)
– Mulheres: 90 dias (até 3 doações por ano)
Para saber onde doar informe-se pelo Disque-Saúde no número 136 ou confira os hemocentros do Brasil no link.
http://www.prosangue.sp.gov.br/hemocentros/