Essência de vida

No filme, Sociedade dos Poetas Mortos, o termo ‘essência de vida’ foi usado pelo Professor John Keating para descrever o sentido da poesia na vida. Segundo a personagem, essência de vida é tudo o que faz a vida valer a pena: O amor, a paixão, a amizade, todos os sentimentos que devemos nos empenhar para que vivamos uma vida plena.
Este personagem foi um dos muitos interpretados por Robin Williams que traziam mensagens inspiradoras e otimistas.
Muitas vezes me emocionei em suas cenas profundas, como no seu monólogo com Deus em Patch Adams, as palavras de encorajamento para seu paciente em Gênio Indomável, nas diversas observações que faz sobre o ser humano em O Homem Bicentenário.
Em qualquer que seja o gênero, drama, comédia, romance ou ficção cientifica, Robin Williams escolhia representar personagens muito humanos. Estaria se procurando em seus personagens? Até hoje continuo me perguntando o que leva alguém que escolhia interpretar personagens otimistas, até mesmo nos papeis dramáticos ele colocava uma dose de humor, perder a vontade pela vida?
Nos últimos anos de sua vida, Robin Williams estava apagado, pálido, parecia insatisfeito consigo mesmo, se entregando a fantasmas que o levariam para o trágico final.
Triste perceber que não aprendeu nada com suas próprias personagens, não aprendeu com o professor interpretado, sobre a busca constante pela vida plena, verdadeira e real.
A vida é o maior barato, precisamos estar satisfeitos com ela, alegres com tudo aquilo que temos e somos.
Para uma vida boa, é necessário fazer coisas que para nós sejam essenciais, e que nos mantenham felizes e saudáveis.
‘Ó Capitão! Meu Capitão!
finda é a temível jornada;
vencida cada tormenta, a busca foi laureada’.
Walt Whitman
Infelizmente.