Enfrentando a vida (continuação edição passada)

Um número surpreendente de pessoas acredita que outras pessoas podem ferir seus sentimentos. Não acreditarão quando você lhes disser que não é assim, que ninguém as pode ferir, a menos que você as deixe! Se a crítica irresponsável ou injusta lhe causa desgosto, a culpa, pelo menos parcial, é sua. Todos nós dizemos “Não importa o que as pessoas dizem”, mas o trágico é que nos importamos e fingir que não torna as coisas piores. Que fazer?
Experimente não dar ouvidos à pessoa que o irrita ou perturba. Decida que não vai prestar atenção ao que “ele” ou “ela” diz e cumpra. Isto você não crê até ter tentado. Se você se recusa pelo menos a tentar, alguma criatura suspeita e cínica (como eu, por exemplo) poderia desconfiar de que talvez você esteja tão habituado a ter seus sentimentos feridos que se sentiria chateado de outra forma. Até aqui só quanto ao sofrimento desnecessário. Que dizer do mal, do mal real que chega, não importa o que fazemos, pensamos ou dizemos.
Aquele terrível problema sem solução aparente? Pensemos um minuto e vejamos o que é realmente um problema? Um problema é um conjunto de circunstâncias que ameaçam nosso bem-estar. E o que são “circunstâncias”? Circunstâncias são pessoas e coisas. De modo que, resolver nossos problemas significa ter as pessoas e as coisas do jeito que queremos. Às vezes conseguimos. Mas as vezes, não. E daí? Há várias coisas que podemos fazer.
Podemos procurar alguém ou qualquer coisa para culpar. Ou podemos pôr cinza na cabeça, calçar sapatos cambados, acentuar nossas rugas, correr aos amigos lamuriando “pobre, pobre de mim”. Poderemos conseguir fazer nossas famílias infelizes.
Podemos correr aos médicos. Podemos agarrar nosso Pastor, bater no peito e culpar Deus ‘Que foi que eu fiz para merecer isto?”
ACEITAÇÃO
Estes diversos “remédios caseiros”, culpar todo mundo, auto-piedade e tudo o mais têm um único resultado: tornam todo mundo, inclusive nós mesmos mais infelizes e aumentam nossas dificuldades em resolvê-las. Devemos “maldizer Deus e morrer”? Não. Faça o que os políticos fazem “se não podemos vencê-los, juntemo-nos a eles” , se você não pode resolver seus problemas, aprenda a viver com eles e apesar deles. “Oh, claro, claro; assim mesmo! Tudo muito bem dizer “ aprenda a viver com eles”; mas outra coisa é fazer!
Como é que se sai por aí fazendo isso?
Muito simples, meu amigo. Tão simples que você nunca tentaria a não ser que estivesse desesperado. Quando se está muito desesperado, tenta-se qualquer coisa.
Então, tente algo que funciona, tente a aceitação! A Aceitação é a única fonte real de tranquilidade, serenidade, paz. Ela é também conhecida como “rendição”, “curvar-se ao inevitável”, “juntar-se a eles”.
Pode ser obtida se a gente em um desejo urgente de ajudar-se e está disposto a pedir a ajuda de Deus. Felizmente para nós a perfeita fórmula para a aceitação, simples e prática como um abridor de latas está pronta, à mão, esperando que a usemos como centenas de milhares antes de nós o fizeram. Escrita pelo Pastor Friedrich Christoph (falecido em 1782), é longa e largamente conhecida como “Oração da Serenidade”. Aqui está ela:
“Concedei-me, Senhor a Serenidade para aceitar as coisas que não posso modificar.
Coragem para modificar aquelas que posso e Sabedoria para distinguir umas das outras”
(Continua na próxima publicação)
24 hs de Paz e Serenidade