A Economia no Novo Governo

Close-up of a Calculator and Pen on a Financial Newspaper. Blue-toned.

As medidas econômicas anunciadas pelo novo governo foram vistas como positivas por parte de empresas e investidores. Entre as principais delas estão: uma emenda à Constituição para limitar os gastos públicos e acabar com o Fundo Soberano (espécie de poupança criada em 2008 para usar em períodos de crise) e o pagamento antecipado de empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a União.

Segundo especialistas estas medidas podem ajudar a começar a reduzir a inflação e o desemprego já a partir do ano que vem.

Com o governo segurando gastos, a inflação deve desacelerar e retornar aos poucos aos níveis normais, no entanto, este ano ainda há uma pressão muito forte dos aumentos de preços controlados como luz e gasolina feitos em 2015. Assim, especialistas afirmam que a inflação deve terminar 2016 próxima a 7%, acima do limite máximo estipulado pelo governo, que é de 6,5% ao ano.

Caso a inflação fique dentro do limite estabelecido pelo governo ainda neste ano, o Banco Central pode reduzir a taxa básica de juros (Selic), o que faz com que os investimentos aumentem e conseqüentemente ajudem a melhorar a situação econômica.

A sinalização do governo em usar recursos próprios para pagar parte da dívida pública também impacta na economia, uma vez que ao demonstrar a preocupação com o crescimento da dívida pública, muda a expectativa de empresários e investidores e estimula o setor produtivo a voltar a investir no país. Com isso, o governo tem mais receitas e aos poucos novos empregos são gerados, colocando mais renda na economia e aumentando o consumo.

Já a trajetória do dólar está indefinida. Por um lado, a melhora da confiança na economia brasileira poderia puxar a moeda norte-americana para baixo. No entanto, a possibilidade de alta dos juros nos Estados Unidos tende a prevalecer e a puxar o dólar para cima. Quando os juros sobem nos Estados Unidos, há uma saída de recursos do Brasil para lá, o que impacta não só no valor do dólar, mas no nível de investimento do país, o que afeta toda a economia.