Bate Bola Fevereiro 2016

A cadeira do barbeiro é um ambiente onde diferentes pessoas, com opiniões divergentes, encontram-se e “abrem” o pensamento e o coração. Barbeiros devem possuir experiências cômicas, curiosas e, acredito, até trágicas. Histórias para rir, chorar ou refletir. Neste último 28/01, antes de iniciar esta coluna, ouvi do “meu” profissional: “Meu Palmeiras será campeão de tudo, tem o melhor time e o estádio mais lindo do Brasil”. Concordo só com a beleza da Arena. A conferir…nos próximos cortes!

O que vem acontecendo recentemente é de deixar qualquer um de “cabelo em pé”. Os endinheirados chineses estão fazendo uma limpa no futebol brasileiro e levando os melhores jogadores em atividade no país, que já não eram muitos. A China é o cemitério da bola, pois os atletas que estão indo (encher o bolso) podem até fazer chover que dificilmente terão uma sequência de convocações para a Seleção. Mas, se bem que há poucos que perdem o sono esperando uma convocação para a Seleção…

Li recentemente, de renomado psiquiatra, que “viciados em futebol são comparáveis a alcoólatras”. Achei exagero! Mas, segundo o escritor, para estes “viciados” vale a máxima de Millôr Fernandes: “o futebol é o ópio do povo e o narcotráfico da mídia”. Complementa: “assim como nas drogas, o boleiro fanático não acredita ter perdido o controle; muitas vezes, o fanático está passando por um problema e, ao invés de encará-lo, usa o futebol como fuga”. Conheço muitos nesta situação…

O trabalho que a polícia vem realizando com os dirigentes máximos do futebol é, sem dúvida, o que podemos chamar de uma jogada de mestre. Continuam apurando os fatos, estudam o melhor momento e, então, eis que se faz um gol espetacular: prisão para os cartolas. O time da corrupção do futebol está exemplarmente sendo expulso. No Brasil bem que alguns de nossos políticos poderiam tomar um golaço desses, mesmo ainda que no último segundo da prorrogação, o tão esperado “gol” contra a picaretagem, a vigarice e, enfim, a corrupção. Mas sem práticas golpistas, sem viradas de mesa… com democracia!