Inflação e Desvalorização do Real

O Plano Real completa neste mês 21 anos e, a inflação acumulada desde seu início em 1/7/1994 até 1/7/2015, já soma 402,4%. Desta forma, um produto que custava R$ 1,00 naquela data custa hoje R$ 4,99.

Em decorrência disto, a cédula de R$ 100,00 perdeu 80,1% do seu poder de compra desde o dia em que passou a circular, sendo que seu poder aquisitivo é de apenas R$ 19,90.

Com essa desvalorização, se o indivíduo ganhava um salário de R$ 100,00 em 1994 agora precisar ganhar R$ 498,86 para conseguir manter seus mesmos custos mensais.

A inflação é o  termômetro que mede a diferença entre o desejo de consumir e a capacidade de produzir, quando o desejo de consumir é maior do que a capacidade de produção, os preços sobem.

O crônico problema brasileiro com a inflação está, portanto, na incapacidade do país em produzir o suficiente para atender à demanda reprimida, ou seja, àqueles que querem consumir e pagam por isso, mas não conseguem comprar.

Há também um incentivo inconveniente e imprudente por parte do governo em estimular compras, sendo que não há a produção necessária para atender o consumo.

Além disso, a expansão e facilitação da oferta de crédito nos últimos anos fez com que as pessoas se sentissem mais “ricas” e partissem para um ritmo de consumo desenfreado. Como conseqüência a população se endividou e os níveis de inadimplência não param de subir.

Para proteger seu dinheiro dos efeitos da inflação, a dica é aplicar suas economias em investimentos que rendam a inflação mais juros. A poupança fazia esse papel até o ano passado, mas atualmente está rendendo abaixo da inflação. Ou seja, aplicar na poupança significa ter seu dinheiro desvalorizado.